segunda-feira, 4 de abril de 2011

um tudo nada vaidosa

Chegámos ao balcão. A menina chegou e fez as perguntas à minha companhia. Nem sequer olhou para mim. Mas eu reconheci-a. Do outro ano. Algumas trocas de palavras, conversas mais ou menos breves. Muita simpatia. Muito profissionalismo. Tive que intervir para lhe dizer que procurasse pelo meu nome. Assim que ouviu a minha voz olhou de imediato para mim num sorriso que não engana ninguém, que os conheço amarelos, pálidos, brilhantes, tímidos, trocistas ou de escárnio, alegres, surpresos ou simplesmente porque sim. -Ah! É a senhora! Como está? Tudo bem? Já há muito tempo que não nos visitava. - Desde Setembro. - Veio com o seu filho não foi? A senhora é daquelas clientes que gostamos sempre de rever, a sério. Fiquei contente, Fiquei um tudo nada vaidosa. Coisa de momento. Apenas. É grato ser bem recebida. Lembrarem-se da gente, a auto-estima embora não seja muita, cresce um palmo.

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