quarta-feira, 27 de abril de 2011

desgovernando-nos

Não gosto de matemática. Nem de cálculo. Nos números que a vida me dá e tira, adquiri a lógica. Que ainda assim, por vezes é a da batata. Contas só as deito à vida. Algumas de menos, se me subtraem intenções e razões. Algumas de dividir com os meus, ou com o estado, que já me manipulou demais numa manipulação bem jogada, a parecer que estão as contas feitas. E bem feitas. Sempre a facturar. Como não sou dada às ciências exactas, se vivo, penso. Não em contas de rosários. Penso muito, numa actividade que não dá trabalho à minha preguiça de fazer contas de cabeça. Apesar de não ser uma máquina de calcular, somo 2+2, pelos dedos, mas somo. Para mim, o resultado é 4. Mas a escola da vida me ensinou que pode ser 22. Contas feitas, resultado obtido, multiplico razões para estar de menos...Cismei uma idéia. As cismas são piores que as sanguessugas. Quer dizer, venha o diabo e escolha-as. Diz quem sabe fazer contas, que os funcionários públicos, que pararam na 5ª feira à hora do almoço, numa tolerância de ponto, que não pediram, nesta mania de terem mais direitos que os outros que trabalham, deram um prejuízo ao Estado de 30 milhões mais coisa menos coisa. Porque basta-me estar acordada para pensar, penso mais uma vez, numa ousadia que até a mim, pasma. Ora bem. Afinal de contas, se uma tarde parasitando, dá prejuízo de 30 milhões, então um dia inteiro trabalhando dá de lucro 60 milhões. Ena pá, xinamene!!! Contas bem feitas, estas. Mentira?! Estou certa ou errada? Então, o que é que fazem a tanto lucro? E agora pergunto. Será que alguém vai prestar contas disso? Pedir-lhas-ão? Eu queria muito saber. Só para não me sentir uma desgovernada...

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