segunda-feira, 18 de abril de 2011

regressando a casa


Caíu uma trovoada sobre a cidade, agora mesmo. De bradar aos céus. Choveram raios e coriscos e a luz ameaçou um apagão geral. A Meo foi-se à vida e estou sem televisão. Sozinhas, eu e a Pitanga. Esta já está melhorzita das venetas próprias de dias difíceis de cio. Não sei o que se passou cá por casa, mas passou-se algo que até achei que tinha passado aqui um furacão. Ou me tinham assaltado a casa. A Pitanga recebeu-me à porta, quando cheguei pesada e carregada como sempre, ou mais que sempre. Entrei na cozinha e o varão de uma das janelas tinha caído. A cortina desaparecera. Olhei à volta e tudo se encontrava nos lugares. Olhei para o chão e a cortina lá estava. O mano Zé tem a chave. Veio dar-lhe comida. Não me notificou sobre anormalidades. Porém, D. Pitanga fez das suas, talvez motivada pelo abandono a que foi votada. Desta vez não foi à gaveta da cómoda, não arrastou os tapetes para junto da entrada nem atirou com areia do areão, para fora. Desta vez foi mais longe. Quer dizer, mais alto. E trepou cortina acima. O que fez não sei, mas que fez, fez. Agora está aqui ao meu lado no sofá mas não me dá confiança. É sempre assim quando a deixo. Há-de cá vir. Por enquanto deixo-a digerir o amuo. Afinal quem é que gosta de estar sozinho quatro dias, sem luz e sem televisão? Nem eu vou gostar, daqui para a frente. Pois que de televisão já só vejo escrito Sem Sinal, verifique a ligação entre o cabo da antena e a sua meobox, blábláblá...quanto à luz, com as ameaças já feitas, estou aqui estou a ficar às escuras. Bem me parecia que devia ficar na praia. Má volta esta!!!

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