sábado, 13 de novembro de 2010

no vôo das avezinhas

O sábado à tarde é o tempo perfeito no meu calendário. Nesta agenda artesanal de que não me desfaço.
Voa de paz. Descansa e relaxa do cansaço. Adormece docemente na preguiça e sente os prazeres terrenos como se só existisse hoje.
E mesmo se o sol corre mais para sul numa berrida da nuvem que quer o seu outono bem cinzento e arrepiado, ele, o sábado é um galã e voa solarengo a par do sol, lhe fazendo uma finta, sem sair do lugar nem lhe dar confiança.
A mim, o sábado dá-me o vôo das avezinhas. Mo deposita nas mãos ansiosas. Me pendura nas suas asas e me faz sonhar o meu sonho prometido. Predilecto. Apetecido. Jurado que está escrito nos céus a cor de fogo, quais dragões chineses, cuspindo labaredas.
Olho o dia e ele me diz que já estive mais longe.
Falta pouco. Muito pouco para sentir o raio do sol tocando carícias na minha pele ávida, e pálida do inverno e num calorzinho gostoso e suado tocará a alma, tantas vezes penada e sedenta de luz e vida. Porque sol é vida. Como água. Pura e cristalina. Que corre no rio direita ao mar acompanhando esse sol que me vai alimentar, remédio para minhas dores, alimento para meus desamores.
Perante a idéia pequenina e mal confessada, do vôo de sábados e sábados acumulados e tão sonhados, num bater na madeira três vezes que o diabo seja cego, surdo-mudo, careca e tudo, e não esteja para mim virado, só de pensar já sinto um coração a bater desalmado e ansioso. A estoirar rolha de champanhe, numa felicidade que só eu lhe sei de cor.

6 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
um texto,
de cariz intimista penso !
,
brisas serenas,
,
*

Anónimo disse...

humm convencida já a pensar no champanheee...prepara o protetor solar k o sol tá bravo minha
kandandu

Maria Clara disse...

poetaeusou
Obrigada pelas brisas serenas. Bem vou precisar, que o meu coração daqui para a frente até ser Verão, quente do meu país, e eu o sentir, vai ficar muito inquieto e ansioso, numa espera feita de saudade do futuro.
Kandandu

E Poesia amiga? Não???? NÃO! Né?
Este ano o calor aperta, yá?
Pronto, vou saber de novo como é quente a nossa terra, já que o ano passado não esteve assim tão mau.
Já tenho os papéis comigo. Brigada amiga.
Fica bem aí onde estás.
Beijos

Anónimo disse...

poesia eu????? isso é dom teu eu cá tenho outros não podemos ter os mesmos para nos complementarmos e ganharmos algum na velhice....
tá-se bem por aki, muito bem acompanhada graças a Deus o k encurta a estadia, aliás até nem apetece k termine....

Anónimo disse...

nem penses em levar toalha de praia nem cangas, é o k há demais em casa e só vais acrescentar peso a mala, havaianas se não calçares o mesmo k eu...

Maria Clara disse...

Muito bem acompanhada? Mau, mau, mau, que eu saiba o meu kamba ficou no kimbo dele! Xéeeeeé, juízo viu?
Ou é a kanuka que está contigo?
Porta-te mal minha querida que mesmo quando te portas mal, portas-te sempre bem.
Agora que falas nas havaianas, há 46 anos que te conheço e não sei qual o número que calças. Isto só quer dizer que nunca me emprestaste uns sapatitos nem nada...diz então, escuso de levar e tu com tanta ida à terra delas tens que chegue e sobre. Eu calço 38, os pés cresceram com a idade. Ihihihihihihihi! Juro sangue de cristo, calçava 37 e quando dei por isso, boa noite, o pé já não entrava, vê só, o atrevimento!
Xauê!