domingo, 2 de setembro de 2012

sorte




Não sou pessoa de pouca sorte. Nem tão pouco de má sorte.
Tenho os meus momentos trágicos no passado. Grandes doses. Mas passaram. Venci-os.
Que remédio! Nem sequer vou falar deles para não chamarem a falta de sorte.
Bato na madeira três vezes, credo, cruzes, canhoto!
Bons momentos, daqueles que se pode dizer: Que sorte! Quem ma dera! Sua sortuda! Também tive alguns.
Estou a lembrar-me de entrar no tribunal à procura de emprego com 20 anitos e inscreverem-me para estagiar. E por isso aqui estou, oficial de justiça.
Ou sonhar com alguém muito importante na minha vida, que já dera como certo não voltar a ver e no dia seguinte aparecer-me ao guichet, tal qual como no sonho.
Ou, voltar a Luanda depois de 33 anos de ausência pelas mãos de duas amigas de infância, Susete e Milú, assim, de mão beijada, sem custos nenhuns e muito acarinhada. Mudando a minha vida ( que à época estava mais para lá do que para cá ), para sempre…
Depois há as pequenas sortes. Aquelas que trabalho, construo, colho frutos. Ou que são obra do destino (? ).
Há pessoas que estão na minha vida e que são uma mais valia para que seja feliz. Eu tenho várias que se instalaram quando parecia que o meu mundo ia desabar e foram mais preciosas que a família, pois que quando o mundo desaba, a família sofre com o sofrimento que paira no ar e pouco ajuda. Por exemplo, a Manuela Dias, o P.L. , a H. Amaral, que me ajudaram a passar um momento trágico, dois momentos trágicos vividos ao mesmo tempo.
Há pequenas sortes  que nos acontecem amiúde e de que não devemos abrir mão, sermos indiferentes e mal agradecidas. Eu não o faço. Nelas cabem a possibilidade de receber e-mails, escrever no blog, de estar no facebook rodeada de amigos, alguns virtuais.
Há na verdade muita sorte na minha vida.
Mas, sorte, sorte, é achar dinheiro.
Achar dinheiro é bom. Sem sequer precisar jogar. Ai como é bom! Kuia  feio…
Ontem foi dia.
Mas, sorte, sorte, sorte, de poder dizer que sou uma sortuda, é Viver. É um jogo de sorte que me acontece há 57 anos.
Viver, para além de existir.
É um privilégio. Eu que gosto tanto de cá andar…


Sem comentários: