Acordou a cidade. Num Outono ousado e inoportuno. Fora d’hora que ninguém o chamou. A que propósito?
Sabemos todos que logo logo estará a fazer-se presente. Embirrentamente desagradável. Antipático e frio. Húmido e pega
joso. Gordurento e fedorento. A ferro e fogo.
A armar ao pingarelho. Chovendo no molhado como sempre. Cacimbando sem pudor e brincando de esconde-esconde com o astro rei. Que hoje não acordou a cidade. Não me acordou e até esqueceu de se acordar. Despertador serve para essas coisas. A menos que tenha feito um pacto com o diabo da estação danadinha por se instalar na cidade, na minha pele, na minha alma e provocar tristeza nas minhas palavras, fazendo chorar o meu coração. De saudade…
O sol não despertou, na verdade. Nem a vontade de caminhar à luz do fim de semana. Não me mostrou os raios que partam dias tristes e monocórdicos. Não me animou, consolou ou apaziguou.
É sexta-feira, diz o calendário, a cidade, digo eu e a canção.
O vento sopra, as nuvens passeiam-se e o frio chega. O verão deixa-se seduzir. Estamos de restos. Sinto a despedida mais que ontem, que anteontem e que nas férias, porque essas já nem há memória delas. Apenas quando dispo a máscara que gentilmente me ofereceram, eu aceitei e coloquei, a pele exibe contrastes entre o pálido e o moreno, sinal de mar, praia, ondas e lazer. Sinal do auge da estação.
Olho a cidade. Em breve as castanhas bravas, dos castanheiros do jardim cairão para a calçada, junto ao rio. As folhas amarelas e murchas serão o tapete da sala de visitas a que chamam a velha avenida. O castelo se acinzentará. Os frutos secos se venderão em feira anual. Os diospiros me alegrarão e as romãs me conquistarão.
Mas hoje, o dia devia prometer. Calor e sol. Viagens e amores. Festas e arraiais.
Mas…acordou a cidade num outono atrevido e provocador.
Deixo-me envolver nele. Já vislumbro a manta aos quadrados que me acolherá. Beberei um chá de gengibre e limão. Apagarei a luz da sala. Mais uma vez a juntar a tantas outras ouvirei “ Aubrey “ e comemorarei o dia de hoje. E a noite também. Só porque sim. Viver é o que importa. Um dia de cada vez…
A armar ao pingarelho. Chovendo no molhado como sempre. Cacimbando sem pudor e brincando de esconde-esconde com o astro rei. Que hoje não acordou a cidade. Não me acordou e até esqueceu de se acordar. Despertador serve para essas coisas. A menos que tenha feito um pacto com o diabo da estação danadinha por se instalar na cidade, na minha pele, na minha alma e provocar tristeza nas minhas palavras, fazendo chorar o meu coração. De saudade…
O sol não despertou, na verdade. Nem a vontade de caminhar à luz do fim de semana. Não me mostrou os raios que partam dias tristes e monocórdicos. Não me animou, consolou ou apaziguou.
É sexta-feira, diz o calendário, a cidade, digo eu e a canção.
O vento sopra, as nuvens passeiam-se e o frio chega. O verão deixa-se seduzir. Estamos de restos. Sinto a despedida mais que ontem, que anteontem e que nas férias, porque essas já nem há memória delas. Apenas quando dispo a máscara que gentilmente me ofereceram, eu aceitei e coloquei, a pele exibe contrastes entre o pálido e o moreno, sinal de mar, praia, ondas e lazer. Sinal do auge da estação.
Olho a cidade. Em breve as castanhas bravas, dos castanheiros do jardim cairão para a calçada, junto ao rio. As folhas amarelas e murchas serão o tapete da sala de visitas a que chamam a velha avenida. O castelo se acinzentará. Os frutos secos se venderão em feira anual. Os diospiros me alegrarão e as romãs me conquistarão.
Mas hoje, o dia devia prometer. Calor e sol. Viagens e amores. Festas e arraiais.
Mas…acordou a cidade num outono atrevido e provocador.
Deixo-me envolver nele. Já vislumbro a manta aos quadrados que me acolherá. Beberei um chá de gengibre e limão. Apagarei a luz da sala. Mais uma vez a juntar a tantas outras ouvirei “ Aubrey “ e comemorarei o dia de hoje. E a noite também. Só porque sim. Viver é o que importa. Um dia de cada vez…
Sem comentários:
Enviar um comentário