Solto intenções presas. Guardadas. A sete chaves.
Solto-as na liberdade de não mas apanharem à má fila, violenta ou antecipadamente.
Solto-as portanto, em tempo útil. Sim. Porque quando h
á intenções, há uma forma de fazer as coisas. Não precisa de ser em modo de, pôr tudo em pratos limpos. Apenas deve ser de uma forma mais ou menos natural. Óbvia. Lógica.
Solto intenções presas. Organizadas e construídas que foram em termos de ideia.
Que quando direccionadas passam a intenção num abrir e fechar d’ olhos.
Bem sei que de boas intenções está o inferno cheio. E de más também, porque é lá que os espíritos malignos terminam, dizem, e eu que acredito no que me dizem não contesto.
Deixá-los lá arderem no fogo que consome essas almas que não foram iluminadas nem tiveram boas intenções.
Isto já não é o que era. De intenção em intenção, de roupagem em desvario, de máscara em propósitos bem intencionados vejo as intenções saírem porta fora, escaparem-me da mão ao encontro das mal intencionadas intenções, para governo sabe-se lá de quem, sabe-se lá de quê.
Solto intenções que tenho de reserva. Poupei-as de propósito. Só porque quero ser poupada, não sou mal intencionada e é no poupar que está o ganho. Só porque estou na idade de não guardar na manga intenções pouco claras, porque não há quem me cale, me dê música ou me force a dançar sem que haja festa ou não esteja para aí virada.
De intenção em intenção vou libertando o peso da culpa, da desculpa e da espinha.
Nunca foi intencional pôr-me a jeito de mal intencionados. Ou bem intencionados. Ou de apenas intencionados. Só me ponho a jeito do que quero, quando quero e porque quero.
Mas, aqui deixo a minha intenção escrita em palavras legíveis, mais ou menos credíveis . Curtas e grossas.
Tudo que for em nome da minha liberdade de dizer, fazer, dar e receber, abençoados sejam os que tiverem a intenção de apanharem as minhas intenções. As quais libertei hoje. Só porque sim…
m.c.s.
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