quinta-feira, 1 de setembro de 2011

dourando a pílula

foto tukayana.blogspotCheguei.
Fui recebida com pompa e circunstância que até trovoada, chuva e um radioso arco íris tive direito. E um taxista novo, bonito e simpático, que podia ser meu filho ? Que me explicou como funcionam as corridas de taxi fora de Lisboa, isto depois de me perguntar de queria ir pela segunda circular ou pelo túnel do grilo e eu responder que queria ir por onde fosse mais rápido e barato. Ele riu-se e respondeu-me: bem visto, sim senhora, a senhora teve piada. Então não é? disse eu, por Lisboa tem mais semáforos, pelo túnel sai-se logo de Lisboa e o tarifário muda, mas se há um acidente a caminho do túnel, estou feita. A criatura riu-se e disse-me: a senhora é sempre assim? - Assim como? perguntei. - Diz tudo o que pensa. Tem dias... e pessoas. Sabe que há gente a quem não podemos dizer o que pensamos...não merecem. Riu mais uma vez, levantando o braço e acenando com o indicador para trás, para mim, como que a dizer que eu tinha razão. Enfim! Quando cheguei ao Olival, apressou-se a retirar as minhas coisas que pareciam chumbo, e a pôr-mas à porta. Um amor. E eu ao fim de sete horas de cu tremido, dorido e dormente, estava mesmo a precisar de um mimo.
Mas ao subir as escadas e abrir a porta tinha a Pitanguinha à minha espera. Baixei-me para lhe agarrar e ela mandou um salto para trás assustadíssima. Falei-lhe como sempre. Melhor que sempre. - Bebé, já cheguei. Já estou aqui, disse-lhe. E ela olhou para cima, bateu com os olhos em mim e deixou que eu lhe pegasse.
Aqui estou eu de novo. Espojada no meu sofá da sala, a ver televisão e com a Pitanga colada a mim.
Canário! Já tinha saudades disto. Afinal, o que fiz foi um intervalo. O filme segue de novo para a segunda parte...

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