sábado, 2 de julho de 2011

na rota das festas



Afinal, se quiserem ver o Tochas e o seu maravilhoso espectáculo ( se acaso gostam de humor inteligente e rirem às gargalhadas, evidentemente ) podem fazê-lo hoje. Eu fui dar um passeio à senhora da asneira, ontem. Porém vi os Ferro Gaita. Grupo caboverdiano que cantou, tocou e encantou o povo torrejano que não precisam de muito para se contentarem, não que o grupo fosse fraco, não. O povo é que não é de má boca e comparece e assiste impávido e sereno como se estivesse muito habituado a bandas internacionais. E cruza os braços e nem sequer abanica a cabeça, bate o pé ou esboça um sorriso. Por falar em não ser de má boca, abanquei com a caçula na tasquinha das paróquias, que tem fama de ser a melhor nos petiscos. Para além de ver gente que não via há muito, tanto, que ainda me perguntaram por gente que não vêm há tanto tempo quanto eu e quase foi preciso chamar o inem pois que iam tendo ali mesmo um escandaloso ataque cardíaco tal o susto e a estupefacção, eu compreendo-os, ó se compreendo, há notícias aterradoras (?) que a gente tem de dar ou receber devagarinho, para não doerem tanto, como aquelas injecções que a gente apanha e que custam muito, diz que são oleosas, e por isso o líquido sai quase a conta-gotas e doi para caraças. Mas com as dores dos outros posso eu bem, tenho, tive as minhas próprias e não vale a pena chorar sobre o leite derramado que ficamos a cheirar a azedo, por isso saiu uma rodada para a mesa do canto, de ...até me sinto constrangida de o dizer. Pronto, mas pode ser que assim eu tome ensino e páre de uma vez por todas com as comezainas. Duas sopas da pedra, um pires de pica-pau e um de moelas. Já na bebida estivemos fracas. Água e coca-cola, daquela manhosa que vem já servida no copo e n unca chegamos a saber que cola é. Como era a tasca da paróquia os senhores padres estiveram presentes e as senhoras que ajudam a igreja e os mais necessitados cá do burgo, também. Vi gente boa. Também...O mano Zé e a Lurdes, a cria mais velha deles também e eu desenvencilhei-me como pude duma criatura do meu passado mas que passou à história e que se sentou abusivamente ao meu lado, na minha mesa, para me " consolar ". Não sei em que parte da minha cara, estava escrito que eu precisava de consolo. Odeio gente armada a besta que se esquece de nós ao longo de 4 anos e porque nos vê, de repente são os nossos melhores amigos e nos declaram que estivemos sempre nos seus corações. Uma M.....Mas não interessa nada pois aqui estou eu inteira. Ou não, mas uma sobrevivente que vive todos os dias interiormente, como se a vida fosse uma festa. No final fui beber uma ginginha, eu que nem sou dessas coisas, a convite dos do meu sangue, pois em dia de sô santos ter nascido, nós os seus filhos, conseguimos estar juntos, como se tivéssemos combinado. Aquilo era só aguardente mas aguentei-me à bronca. E assim fiquei com a minha festa feita. Logo se verá se lá volatrei antes do dia em que a Luísa Sobral actuará.

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