quarta-feira, 7 de setembro de 2011

o longe se fará perto

Lá longe
Muito longe
A guerra saiu à rua e escolheu-me
E sem saber porquê
Eu nada disse ao seu porquê
Como quem foge sem saber de quê
Como quem escolhe sabe-se lá o quê
Como quem não tem escolha
Como quem não vê
Não sente
Não tem amanhã

E parti p'ra longe
Tão longe de mim
Numa fuga sem destino
Sem princípio nem fim

Sou um desencontro onde mora a culpa
Sou a escolha que não tem desculpa
Mas ainda...procuro o caminho de casa
Numa curva da vida
Num canto da memória.

Um dia mudarei a história
E direi que voltei... de vez.
Na paz escolhida caminharei
E o longe, muito longe se fará perto
Qual sonhado oásis, no meu deserto.

1 comentário:

maria disse...

Não é justo comentar um poema e não comentar este que me tocou profundamente.
Eu sei o que tu sentes.
Que poema tão lindo. Um dos mais bonitos que escreveste.
bjos