quarta-feira, 29 de junho de 2011

des(encontro ) ((?))

Saltito por um carreiro estreito. Não enxergo as pedras que abundam no caminho, mas sei que estão lá. Os olhos insistem em percorrer a noite, quando a alma cansada já desistiu. Não é uma noite como as outras. Alguém me soprou por de trás do ombro, e me disse que eras tu. Que vinhas lá. Olhei-te quando me olhaste. Mas ia jurar que nem me viste. Foi tão rápido, que não sei se aconteceu ou foi fruto do meu sonho colorido de verão. Atordoei-me. Silenciosamente. Como se fosse tola. É. Se fosse loira, olhava-te nos olhos a correr, e dava-te a mão. Aloirava-te no meu coração. E seria feliz. Mas sou morena. Castanha dourada do bronzeado do sul amigo. Igual a tantas outras veraneantes de praia, mar e sol. Deixei-me ficar sentada a ver-te desapareceres. Num banco de pedra, como há tantos pelos carreiros estreitos onde saltito, à espera que um dia páres, me olhes com olhos de ver, e me dês a mão.

5 comentários:

Constancia disse...

Texto muito bonito. Gostei.
beijinho amiga Clara.

Maria Clara disse...

Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.

Maria Clara disse...

Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.

Maria Clara disse...

Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.

Maria Clara disse...

Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.