sábado, 25 de junho de 2011

às vezes chegam cartas

foto tukayana.blogspot Diz que o carteiro toca sempre duas vezes. Diz...mas já não é verdade. Quando damos por ela já ele foi...e cartas nem vê-las. Quer dizer, vemos vemos, mas dessas não vale receber. Para pagar. Sempre a desembolsar. O que eu gostava mesmo era das outras cartas. Aquelas dos envelopes azuis, debroadas com umas barrinhas às cores ( da bandeira ). Ai como eu gostava de receber cartas! E escrevê-las também. Elas eram, ao avô Carvalho, à avó Clara, à tia Olívia, à madrinha Teresa, à minha prima Leonor, aos meus afilhados de guerra ( também recebia de volta aerogramas amarelos, lembram-se? Pois é! ), não sei se ria se chore com esta lembrança. Mas também as escrevia para namorar. Coisa totalmente platónica. Qual facebook qual carapuça. Nada que se compare a cartas escritas no papel, que demoravam uma semana ou mais, a chegar ao destino. Mas tão bonito e romântico que se continuo por esta trilha ainda acabo a cantar alguma musiqueta do cantor de charme ( para não lhe chamar pimba ) Roberto Carlos, o rei da bossa nova e de todo o resto. Por exemplo - Me aqueça neste inverno, e que tudo mais, vá para o inferno... Ou do outro, O Julio Iglésias, que ainda há pouco esteve aqui em portugal a cantar e encantar as mulheres com mais de 50 anos, e que nos bares da Ilha de Luanda continua a fazer furor, e cantarei com ele, que, às vezes chegam cartas com sabor amargo, com sabor a lágrimas... Bom, toda esta ladainha para mostrar que este marco do correio é giríssimo. Só no algarve, com cheirinho a árabe...

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