sábado, 19 de junho de 2010

sinal


Hoje é 19. Que em numerologia significa Sol. E vitória. E força. E ego. E independência.
Estou presa a um dia 19 e simultaneamente liberta num dia 19.
Esta noite, estranhamente, sem haver motivo aparente, tive um sonho. Sonho sonhado, embalada nos braços de morfeu. Numa quietude tão serena que parece estou ainda na nuvens do repouso e do sonho. Um sono só. Meia noite, sete e meia da manhã.
Acordei sorrindo.
Devagar. Sob o efeito do meu sonho e das pessoas do meu sonho.
Não sei o que quer dizer. Não pensei nestas pessoas quando me deitei. Nem no dia 19.
Mas se sonhei com elas há um sinal qualquer que quero perceber e aceitar.
" Estava junto ao mar. Num porto. Onde havia muitos barcos. Subitamente vi um barco todo branco. Com o nome duma pessoa que me atravessou a vida breve e intensamente.E ma alterou. Só podia ser sua pertença. O nome, peculiar, único que conheço assim, é estranho, que nem parece nome de gente. E não é.
Esse nome aparece-me à frente. Como que por magia. Encarnando um corpo. Zangado. Acusador. Não percebi porque estava assim. Porque se zangava comigo. Eu já não me zango. Magou-me, entristeço-me, desiludo-me, mas não me zango...o tempo é tão escasso! Que não há tempo nem motivo para virarmos costas...
Alguém do bem, alguém que foi ternura, amor e compaixão apareceu junto de nós. A minha mãe.
Linda como era. Como eu a recordo. Como a tenho no meu coração.
Com a mão, apontei esse corpo com nome estranho, que não parece encorpar pessoa, e disse à minha mãe quem era. Ela sorriu-me. Sorriu-lhe e deu-lhe dois beijos. E numa ternura espiritual e de alma pura e elevada fez-lhe uma festa no rosto, na face direita.
Eu observava a pouca distância. Viraram-se alma e corpo para mim e vieram na minha direcção."
Acordei.
Acordei envolta nesta áurea.
Há palavras que nunca direi. Sonhos que nunca sonharei. Pessoas que nunca verei. Nomes que nunca saberei.
Mas na elevação da alma ninguém poderá intervir e a minha mãe, hoje dia 19 de um mês sem significado, senão o mês em que ela casou, sábado, nesta terra junto ao mar, que eu amo muito, veio trazer-me um sinal que vou querer interpretar.

2 comentários:

maria disse...

Amei o teu sonho. É verdadeiro?
Se é, toma atenção. Eu tbm respeito essas coisas de sonhos e sinais através deles.Bjo

Maria Clara disse...

Claro que é verdadeiro.
Não meteria a minha mãe nas minhas fantasias. Ela é sagrada.
Sempre que CONTO algo aqui,sobre mim ou sobre terceiros,que aconteceu, podes acreditar porque é verdade.
Quanto ao resto, deixo ao critério e à conveniência de cada um. Pode ser verdade, realidade ou ficção.
Vai-se lá saber quando é que sou eu a querer, a desejar ou a esperar, ou não...a liberdade de poder escrever como quero ou sinto, é esta.
Obrigada por me leres.
jinhos