terça-feira, 22 de junho de 2010

maçãs da índia

O angolano mwangolê neste momento babou perante a foto.
É. Isso mesmo. Maçãs da índia. Daquelas que eu gosto. Bem madurinhas.
Mandaram-mas. Chamaram-lhes cerejas de Angola. Mas não. São mesmo maçãs da índia. Únicas. Sagradas. Donas de sonhos de candengues, hoje kotas sonhando passados felizes.
A fruta que ninguém comprava. Se não tinha no quintal, roubava nos vizinhos. Furto pactuado com os donos do quintal e da árvore.
Quem nunca entrou num quintal para roubar maçãs da índia? Quem nunca o fez mãe dele é imbica...

4 comentários:

Anónimo disse...

Que maravilha! Gratas recordações, apesar dos pesares, como no velho cinema São Domingos, gostosamente desciam goela abaixo à mistura com malvados xotos. Faziamos mais como, era parte do nosso mundo de antanho... Com elas, as maçãs da índia, ah! Armazem Gajajeira, e Suba...
(mana, onde que compraste essa popelina? A cambraia? Xé, Lolita, te caíu mesmo bem!).
Diz-te alguma coisa? Sei que sim, nas tuas entranhas estão eternamente os tempos que foram criança, jovem... e, adulta, estás com eles.
Abração,
Zezé

anónimo disse...

Ai uê, maria clara! babei mesmo.Já não via maçãs da índia há tanto tempo!
Obrigado. Não sei contar as vezes que entrei nos quintais dos vizinhos de rua, do bairro, para apanhar as maçãs ainda que do chão, estas assim bem maduras.

Anónimo disse...

Oh meu, nem imagines as vezes que fui corrido a tiro de chumbo miúdo quando regressava da escola, pelo dono daquela quinta que começava no sinaleiro da Maianga, só para lhe surrupiar umas quantas.
Que prazer o nosso...

Anónimo disse...

Babei mesmo. Oh Saudades da velha Visita, que vinha à Samba vender as maçãs da Índia. Eu também preferia as mais madurinhas e moles, mesmo a rebentar.