sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sol


Chamei-o. Todo o inverno e também na primavera. Nos dias chuvosos e tristes. Frios. De solidão.
Nas noites de silêncios forçados, de lágrimas piegas. No desânimo de estradas íngremes e curvas tortuosas. Nas escaladas de montanhas geladas. Nos atropelos.
Sabia-o remédio para todas os males. Bálsamo para todas as dores.
E ei-lo que chega.
Formoso. Envolvente. Dando abraços e beijos. Carinhos.
Despertando a metade dormente e conformada da vontade.
Ei-lo!
Chegando em todo o seu esplendor.
Fazendo-me sonhar para além da serra e do mar.
Depois da linha do horizonte.
Outros lugares, onde agora se esconde envergonhado e agasalhado, num cacimbo melancólico e romântico.
Ei-lo! Que chega para me dizer que Viva...

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