terça-feira, 1 de setembro de 2015

ainda eu

Ainda brilho nas estrelas mortas 
Na memória do firmamento
Ainda respiro, 
Cinza e fumo, poeira
Partículas à deriva
Na arte que me ensinou, o pensamento
E viro páginas em branco, vazias
E escrevo a ouro e prata 
E todos os metais do mundo
Diário do meu lamento
Marca, tatuagem, futuros
Na sombra, paredes, muros 
Gritos, do meu eu mais profundo...

Ainda brilho nas estrelas mortas
Na explosão dos meus festins
Ainda ardo no fogo das horas
Ainda sonhos de carmim
E beijos, suspiros, 
Salvas, foguetes
Clarões de luz, 
Constelações
Mitologia, lira, canções...

Ainda a poesia
Ainda a fantasia
Entre um tempo morto e outro que nasceu

Ainda eu...

m.c.s.

2 comentários:

Agostinho disse...

"Ainda brilho nas estrelas mortas".
Se estão mortas e a gente as vê
deixemos que elas brilhem, como...
foi ontem, é hoje e será amanhã!

Gostei, MC. Felicidades.

Maria Clara disse...

Obrigada Agostinho. :D