quarta-feira, 30 de setembro de 2015

um dia

Sou um barco de papel,
atracado no cais deste desencanto.
Meu. 
E de todos os barcos frágeis e brancos, 
presos nas amarras do desalento.
Um dia, 
solto as velas e vou. 
Enfrentar dragões da história.
Perseguir sonhos,
mil,
que eu própria espalhei ao vento.
Um dia,
o mar será minha morada. 
Estrada,
onde caminharei pelo meu pé,
sem âncoras nem asas.
Nem nada...
Um dia, 
serei feliz.

m.c.s.

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