sexta-feira, 28 de março de 2014

Tempo meu


Longe vai o tempo cor de rosa. Bordado a linhas de seda, perfumado a alfazema.
A doce prosa...
Longe vai o tempo das tardes quentes. Cheirando a mar e a esperança.
A dias de bonança.
Longe vai o tempo ajustado à pele e à calma.
À alma...
E à vontade de permanecer.
Hoje, não sei de poemas de amor, nem rimas para rimar.
Não sei do meu coração nem da vontade de amar.
Não tenho sequer a mão que me indique a estrada.
Nem uma bússula mostrando, que não estou enganada.
Só sei queixumes de dor com baladas a acompanhar.
Longe vai a certeza de acreditar no futuro.
Nas acácias rubras, do caminho.
Que ficam para lá do meu muro.

A vermelharem-me o destino...
Longe vai o desejo de ser luz e sorrir.
À ideia de perto estar, do tempo que me quer florir.
Longe vai o tempo de ter tempo para viver.
Longe vai o tempo de o vencer...
m.c.s.

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