É no silêncio que as conversas fluem. Parecem rios a correr para o mar. Diz o poeta.
As palavras têm o som e a cor que lhes quisermos dar. As frases encaixam-se nas pausas certas.
Descansam-se as cordas vocais num qualquer compasso de espera. E bailam sorrisos em cada letra desenhada.
São chamadas as conversas perfeitas. Aquelas que dizem vontades que mal as pensamos, quanto mais as articulamos. Em alta voz.
Gosto das longas conversas do silêncio. Com o silêncio. No silêncio.
Não me desgasto. Nem me torturo. Não me convenço. Tão pouco me zango. Ou me exponho.
A minha vida toma o lugar dianteiro da importância de ser a protagonista desta estória que pode não ter encanto, mas não é mascarada. Não a enfeito nem me minto. Queda, encaro-a, gritando com a voz do espírito atento, todas as intenções imagináveis. Todos os desejos inconfessáveis. Segredos acumulados.
Gosto de passear o olhar pelo que mexe, pelo inerte também, pelas interrogações, reticências e parágrafos sem ponto final a espalhar esperança ou os nins que o mundo tem. E abriga. Que a vida, é generosa e justa, uns dias, outros, ingrata e cruel de tantos silêncios. Gosto de tudo contemplar, enquanto me falo, conversas banais, ideias que surgem, desconfianças, pecados. Coisas do arco da velha. Conversas de surdos. Mudas. Pensamentos vagabundos.
- Nem os penses maria clara, nem os penses...
Penso sim. Olho-me ao espelho e falo-me, calada, pareceres sobre conversas a encher chouriços, palha, muita palha, conjunto de ideias sem sumo, tudo pela rama, esgares de sorrisos, caretas, olhares medrosos, atitudes que não sairão das gavetas, timidez justificada e injustificável, e consolo-me,
- A vida é o que nos dá e tira, parece que é mas não é, já devias disso saber, uns dias bem outros piores, acredita em ti, maria clara...
Compreendo o que a alma fala, coração cheio, a transbordar de amor pelos que conheço, incapacidade para acrescentar amor aos dias vazios, tempos mortos, impotência para quebrar silêncios que não são meus.
Sei que não falo tanto como me leio, escrevo e me oiço voz, no silêncio dos dias. Não sei se devia arriscar-me mais. Há quem ache ser demais.
É no silêncio que as conversas fluem. Os pensamentos têm os mesmos tempos das palavras por dizer.
Há silêncios que não são lacunas. Há conversas que nunca tive. Nãos que nunca disse, sins que estão por acrescentar.
Não viro costas ao silêncio. É de ouro. Mas, são as palavras, pérolas. E diamantes que não devo lapidar para cairem em saco roto.
Há um silêncio reinante, sagrado, nas palavras que nunca direi, quebrando silêncios que não me pertencem.
É no silêncio que as conversas fluem. É no silêncio que tudo acontece. Melhor se ouve e respostas são dadas.
As palavras têm o som e a cor que lhes quisermos dar. As frases encaixam-se nas pausas certas.
Descansam-se as cordas vocais num qualquer compasso de espera. E bailam sorrisos em cada letra desenhada.
São chamadas as conversas perfeitas. Aquelas que dizem vontades que mal as pensamos, quanto mais as articulamos. Em alta voz.
Gosto das longas conversas do silêncio. Com o silêncio. No silêncio.
Não me desgasto. Nem me torturo. Não me convenço. Tão pouco me zango. Ou me exponho.
A minha vida toma o lugar dianteiro da importância de ser a protagonista desta estória que pode não ter encanto, mas não é mascarada. Não a enfeito nem me minto. Queda, encaro-a, gritando com a voz do espírito atento, todas as intenções imagináveis. Todos os desejos inconfessáveis. Segredos acumulados.
Gosto de passear o olhar pelo que mexe, pelo inerte também, pelas interrogações, reticências e parágrafos sem ponto final a espalhar esperança ou os nins que o mundo tem. E abriga. Que a vida, é generosa e justa, uns dias, outros, ingrata e cruel de tantos silêncios. Gosto de tudo contemplar, enquanto me falo, conversas banais, ideias que surgem, desconfianças, pecados. Coisas do arco da velha. Conversas de surdos. Mudas. Pensamentos vagabundos.
- Nem os penses maria clara, nem os penses...
Penso sim. Olho-me ao espelho e falo-me, calada, pareceres sobre conversas a encher chouriços, palha, muita palha, conjunto de ideias sem sumo, tudo pela rama, esgares de sorrisos, caretas, olhares medrosos, atitudes que não sairão das gavetas, timidez justificada e injustificável, e consolo-me,
- A vida é o que nos dá e tira, parece que é mas não é, já devias disso saber, uns dias bem outros piores, acredita em ti, maria clara...
Compreendo o que a alma fala, coração cheio, a transbordar de amor pelos que conheço, incapacidade para acrescentar amor aos dias vazios, tempos mortos, impotência para quebrar silêncios que não são meus.
Sei que não falo tanto como me leio, escrevo e me oiço voz, no silêncio dos dias. Não sei se devia arriscar-me mais. Há quem ache ser demais.
É no silêncio que as conversas fluem. Os pensamentos têm os mesmos tempos das palavras por dizer.
Há silêncios que não são lacunas. Há conversas que nunca tive. Nãos que nunca disse, sins que estão por acrescentar.
Não viro costas ao silêncio. É de ouro. Mas, são as palavras, pérolas. E diamantes que não devo lapidar para cairem em saco roto.
Há um silêncio reinante, sagrado, nas palavras que nunca direi, quebrando silêncios que não me pertencem.
É no silêncio que as conversas fluem. É no silêncio que tudo acontece. Melhor se ouve e respostas são dadas.
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