Queria falar de amores-perfeitos, a roxo e azul, tão singelos, verdadeiros,
esperança a semear e colher, amor perfeito viver,
queria falar da flor de laranjeira, imaculada, pura, doce futura laranja madura,
queria falar também de rosas, brancas, das memórias santas do coração,
e das amarelas, como sol de Maio à procura da constelação.
Mas mais que todas, queria falar de rosas vermelhas da paixão, que ainda não se extinguiu em mim.
O que eu queria era falar d' um imenso jardim,
onde cravos vermelhos de abril, insistam vitórias, lutas, glórias, pendurados na lapela em manifestação, de escolha e liberdade.
E queria no despertar da manhã lembrar-te flor trepadeira, jasmim do poeta, minha saudade,
germinando a cada poema, a dar cor, voz e verdade na minha história dileta.
Queria sorrir-te, florindo-me. E abraçar-te. E florir-te de inspiração.
Queria escolher cada pétala e plantar-lhe a palavra certa para a canção.
Porque queria cantar-te amores-perfeitos, flor de laranjeira, rosas e cravos e jasmins do poeta, até à exaustão.
E perfurmar-te até à próxima estação...
m.c.s.
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