Há domingos claros.
Amanheceres brancos, raiados de sol e réstias de luar.
Desperto no dia, ao banho de cristais purificantes.
E envolvo-me, manto de luz, que me abraça a alma ávida.
Radiante me sinto.
Nada pode ser melhor que abrir os olhos e perceber.
Há uma verdade reconhecível nos domingos claros. Sem disso constar na condição.
São encontros com o tempo. Desejados.
Passeios, pelo meu espírito em mutação.
São braços que se ajustam à matéria. E deixam marcas na memória.
São beijos que abrem corações. E palavras que não precisam dizer.
São silêncios que falam mudos, linguagem gestual onde cabe a paz e a revelação.
Há nestes dias alvos e santos a obrigação de conjugar o verbo, que reza a história, é o maior pecado mortal se não for sentido.
E porque há domingos claros, criados para o amor, despertei para o conjugar. Ao verbo.
Neste domingo que promete.
Nada pode ser melhor que abrir os olhos e perceber...
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