Escrevo...para ti.
Ensaios duma escrita de pequenos passos, inseguros e bambaleantes, por caminhos ziguezagueados. Becos sem saída. Tara perdida.
Umas vezes avanço, outras descanso, outras ainda te aceno. Mas quase sempre páro, hesito e desanimo. Na primeira intenção, na segunda tentativa, na terceira exclamação. Num piscar de olhos ou num sorriso tímido.
Escrevo para ti. Asneiras, baboseiras, recados, dissimulações, fados ou destinos, apreciações, saudades, desejos, futuros, provocações, continuações.
Ensaios duma escrita feita de intervalos, virar de páginas, parágrafos, pontos e vírgulas e muitas interrogações. Sempre a pensar em ti.
Eu sei que não acreditas, mas posso jurar para te provar. E se o faço, penhoro a honra e a palavra com que te escolho, minha escrita.
Se ao menos soubesses porque escrevo!
É tão simples qual a, e, i, o, u, do tempo dos dias fáceis. Entre um quadro negro e um apagador. Uma tabuada e um problema. Uma solução.
Escrevo para te agradar. Para te sorrir...
Escrevo para te lembrar. E continuar.
Para te tocar...
Escrevo por mim e por ti. Para te não perder de mim. Para não me perder. De ti.
E enquanto escrevo, guardo-te na memória.
Ficas na minha história.
Para mais tarde te recordar.
Para te manter presente, quando deixar de escrever.
Esta é a minha vida. E tu a minha sina. Na escrita...
Um dia, eu sei que alguém, quem sabe, tu, me irás dizer que não sei ler, nem sequer nas entrelinhas. E muito menos te sei escrever.
E nesse dia será o tempo certo para aprender a lição.
Enquanto não, aqui estou mais uma vez a escrever-te. Com o coração...
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