sábado, 11 de agosto de 2012

incerteza




De onde me chega a voz do desalento
E esta ausência de mim no teu ser?

De que cor pinto o meu lamento
Luto de te perder antes
Muito antes de te ter?

Porque já não espalhas conchas no mar
As suas ondas não me vêm beijar
Nem o sal,  as lágrimas temperar?

Porque não reconheço o teu chão
Porto seguro na minha paixão
Praia, caminho
Onde traçaste o meu destino
E a minha alma quer naufragar?

Ai saudade louca
Ai sina triste
Partiu ou não existe
E me deixou esta vida feita de nadas
Ai esperança vã
Esperança pouca
Ainda insiste
Teima, resiste
Neste apelo para um amanhã…

m.c.s.

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