domingo, 19 de agosto de 2012

sem rede



Deixo sair a luz que prendi num canto escuro e escondido do meu ser sôfrego.
Deixo que a manhã espalhe o perfume de rosas brancas, lírios e jasmim, que florescem e  se iluminam em mim.
Deixo que o sol se erga no alto do seu pedestal, morada da minha alma sequiosa de cor, alegria e paz.
Caminho propositadamente devagar ao encontro do dia.
É domingo e há algo em mim que me fala palavras de incentivo e harmonia. E acrescenta  doce e singular melodia, a cantar e bailar.
Dever cumprido e a cumprir.
Desenho palavras de agradecimento no azul celeste, tecto meu, chão também, universo a piscar-me o olho travesso. E a sorrir.
Hoje vou ser feliz, porque quero e sou capaz.
Sem rede. Nem filtro.


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