Durante 4 semanas, fui dona do meu tempo.
Há muitos anos que não tinha férias tanto tempo seguido e temi que fosse difícil percorrer tantos dias só meus, de férias, à pobre, uma vez que sendo funcionária pública, parente pobre desta máquina do Estado fui privada de direitos tidos até aqui e que me proporcionaram ao longo dos anos, umas férias diferentes.
Estar de férias cá dentro parece limitado, quando cá dentro se traduz na mudança de casa quase e só. Torres Novas para Olival Basto e a partir daí, para os dias, os passeios, a praia, os amigos, os saldos, a leitura, reuniões de afectos, gastronomia, cinema, espetáculos de dança, esplanadas, descanso, televisão, facebook...
Tive até direito a sustos como súbita doença da Pitanga e uma tentativa frustrada de assalto na Avenida da liberdade.
E emagrecimento, coisa pouca, mas nas férias até os espelhos são kambas.
Hoje, esgotado o meu tempo de férias, feita uma reflexão sobre o que vivi e o que me foi dado, o que consegui e aquilo que desejei quando iniciei este processo de férias, adianto que caio na vulgaridade feliz de dizer alegremente que:
Férias são Férias!
Quer de costas quer de barriga, férias são obrigatórias, são imprescindíveis e dão-nos vida.
Por isso tudo, ao contrário de outros anos, não me sinto triste por estas terem terminado, sinto-me antes, renovada, pronta.
Com a certeza de que sou capaz de ser feliz, dentro da minha alegre casinha, sem subsídios a enfeitarem esses dias de liberdade e merecimento.
Eles, os tais que me governam o tempo e a conta bancária, podem tirar-me tudo mas a capacidade de ser feliz, por mais que se pintem de cor de burro quando foge, ainda não foram capazes de destruir.
Sou uma mulher de fé e acredito que Deus está comigo. Nada estará contra mim.
Fui ao longo de 4 semanas, dona do meu tempo.
E governei-o bem...
Vocês, amigos, família, amigos virtuais, grupos de poesia, grupos de Angola ajudaram a isso.
O meu bem haja a todos.
Beijos no vosso ♥ e um domingo muito feliz.
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