Queria escrever uma carta.
Ousada. Perfumada.
Sem um pingo de pudor.
Uma carta que revelasse todo o meu grande amor.
Que nessa carta pudesse, abrir alas à tua alma e a minha não ficasse ferida.
Morta.
Arrependida...
Queria dizer, que passo as noites, nos lençóis, rebolando. Suspirando. Acordada.
Com a lua falando.
E sonhando. Que ganho asas e voo, albatroz dos mares do sul. E atravesso a madrugada...
Queria dizer, que o meu sorriso é bobo e corado de prazer.
E se penso em ti sinto-me a desfalecer.
E desenho a encarnado, cor de sangue e da paixão, nas folhas deste papel, feliz e engalanado, junto ao teu, o meu coração.
Queria dizer que és a voz do amor, da minha vontade de ouvir. De sentir.
De recriar um novo tema para te oferecer o poema.
De te cantar a canção que fala deste amor que ainda hei-de solfejar e tatuar na memória.
Quando te encontrar. Quando te souber amar.
Quando puder gravar nos céus, esta estranha e bonita história.
Era uma vez, um avião de papel que não mandei, porque não levava endereço.
Nem esse amor mora em mim.
Era uma vez uma carta por escrever.
Um romance por viver.
Um amor por acontecer. Sem barreiras, limites e fim.
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