Não digas nada.
Não quebres este silêncio perfeito, d'um amor imperfeito, fascinado pela capacidade d'amar longe e além de segredos, confissões ou desculpas mais que perfeitas.
Que toca há muito o sobrenatural.
Que chega perto do divino e é já uma eternidade.
Não quebres este silêncio perfeito, d'um amor imperfeito, fascinado pela capacidade d'amar longe e além de segredos, confissões ou desculpas mais que perfeitas.
Que toca há muito o sobrenatural.
Que chega perto do divino e é já uma eternidade.
Que foi escrito nos céus com a alma radiante de quem nunca é distante, porque sente este amor sem idade.
Não digas nada.
Não digas nada.
Porque sei das palavras que guardaste, d'encontro em encontro, ao desencontro e à ausência de estarmos, sermos e amarmos.
Sei dos versos que ficaram por escrever. Da voz que nem aprendeu a ler.
Dos poemas que ficaram por cantar e até o que nunca saberás dizer.
Sei dos versos que ficaram por escrever. Da voz que nem aprendeu a ler.
Dos poemas que ficaram por cantar e até o que nunca saberás dizer.
Não digas nada.
Assim, secretamente inocente te mantenho vivo.
Reconstruo-me. Reconstruo-te na memória. Sem mácula, filtro, culpa ou desculpa.
Pincelo a branco cabelos loiros. Desenho rugas nos olhos brilhantes. Acrescento o velho sotaque na voz.
Reconstruo-me. Reconstruo-te na memória. Sem mácula, filtro, culpa ou desculpa.
Pincelo a branco cabelos loiros. Desenho rugas nos olhos brilhantes. Acrescento o velho sotaque na voz.
Entro no jogo de bola nos pés. Passo-ta. Apelo ao sorriso maroto. Sarcasticamente, ou será que ternamente? me sorris. Sorrimos. Simplesmente.
Já te oiço a gargalhada. Sinto a intimidade que não se perdeu de nós, na distância, no tempo e na idade...ainda.
Ponho-nos na expressão, a saudade.
Na voz, a ternura. No abraço, o calor. No sentimento, a elevação.
Na voz, a ternura. No abraço, o calor. No sentimento, a elevação.
Reconstruo-me. Reconstruo-te. Somos a emoção.
Não digas nada...
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