foto tukayana.blogpot
Ela anda toda espapassada do calor. Ela não quer comer, mesmo as suas latinhas gourmet. Não brinca e quer distância de mim.
Se acordo de noite, quando acordo de noite, dou com ela deitada na minha cama, toda esticada mas nada de encostos nem confianças. Esta noite fiz-lhe como fazia às minhas crias quando eram pequenas, que espiava os seus respirares para ter a certeza que estavam vivas e acabei a rir do ridículo (?) da situação.
Quando aparece na sala e me olha com o seu olho azulão celeste, bato com a mão esquerda no sofá e alterando a voz num mimo que conhece bem, chamo-a: Vem meu amor, nananinha querida, anda ao colinho, minha linda, e ela não hesita e sobe o sofá a correr e a saltar. E trepa por mim acima. E fosse inverno, ficava instaladíssima, perturbando a minha escrita. Agora não. É sol de pouca dura. A bicha tem calor.
Quando a gente ama a gente cuida, este é um lugar comum de muita sapiência.
Ando preocupada com Dona Pitanga. O calor tem um efeito nefasto nela e transforma-se encarnando a personagem de gato vadio.
Porque está deste jeito, fiz um périplo pelas grandes surperfícies da zona. Primeiro foi o Intermarché de Alcanena. Depois o Modelo de T. Novas e por fim, exausta e também eu cheia de calor, o Pingo Doce. Não entreguei os pontos mas juro que quase excomunguei esta gata manienta que só come o que ela escolhe e não adianta dizerem-me que devo deixar-lhe a comida e ela se quiser comer coma se não quiser não coma. O que é que é isso? Sou lá capaz de imaginar a dona Pitanga esfomeada e odiando o que tem no prato. E porque está muito quente, a comida deteriora-se e ganha mosquitos e cheira mal e tudo e tudo, Deus me livre. Encontrei as latinhas que apesar de caras ainda são as únicas que ela gosta e mesmo assim nos últimos dias mal lhes tocou. Faço filmes horríveis com ela. Estou no tribunal e imagino-a a passar mal. E quando chego à minha porta e não a oiço o coração começa a cavalgar e não evito grosseiramente concluir para com os meus botões - estás lixada maria clara. Essa gata dá-te cabo do canastro. E dá. Dá mesmo.
Se acordo de noite, quando acordo de noite, dou com ela deitada na minha cama, toda esticada mas nada de encostos nem confianças. Esta noite fiz-lhe como fazia às minhas crias quando eram pequenas, que espiava os seus respirares para ter a certeza que estavam vivas e acabei a rir do ridículo (?) da situação.
Quando aparece na sala e me olha com o seu olho azulão celeste, bato com a mão esquerda no sofá e alterando a voz num mimo que conhece bem, chamo-a: Vem meu amor, nananinha querida, anda ao colinho, minha linda, e ela não hesita e sobe o sofá a correr e a saltar. E trepa por mim acima. E fosse inverno, ficava instaladíssima, perturbando a minha escrita. Agora não. É sol de pouca dura. A bicha tem calor.
Quando a gente ama a gente cuida, este é um lugar comum de muita sapiência.
Ando preocupada com Dona Pitanga. O calor tem um efeito nefasto nela e transforma-se encarnando a personagem de gato vadio.
Porque está deste jeito, fiz um périplo pelas grandes surperfícies da zona. Primeiro foi o Intermarché de Alcanena. Depois o Modelo de T. Novas e por fim, exausta e também eu cheia de calor, o Pingo Doce. Não entreguei os pontos mas juro que quase excomunguei esta gata manienta que só come o que ela escolhe e não adianta dizerem-me que devo deixar-lhe a comida e ela se quiser comer coma se não quiser não coma. O que é que é isso? Sou lá capaz de imaginar a dona Pitanga esfomeada e odiando o que tem no prato. E porque está muito quente, a comida deteriora-se e ganha mosquitos e cheira mal e tudo e tudo, Deus me livre. Encontrei as latinhas que apesar de caras ainda são as únicas que ela gosta e mesmo assim nos últimos dias mal lhes tocou. Faço filmes horríveis com ela. Estou no tribunal e imagino-a a passar mal. E quando chego à minha porta e não a oiço o coração começa a cavalgar e não evito grosseiramente concluir para com os meus botões - estás lixada maria clara. Essa gata dá-te cabo do canastro. E dá. Dá mesmo.
Não daria um único passo para comprar comida para mim. Por ela ando sempre a caminho do supermercado e depois vai de pedir ao mano Zé, à Lara ou à Ana que me levem para baixo, porque quem me conhece e conhece a minha casa sabe que moro longe de qualquer das grandes superfícies. Sempre que ando de TUT o motivo é a dona Pitanga e sua alimentação, mas não me importo. Quer dizer, importo-me só um bocadinho.
Enfim, estamos nisto. Dona Pitanga e eu. O calor e dona Pitanga.
Neste momento a ventoinha gira no máximo, que não há cá gente rica e como tal não há ar condicionado, e a minha gatinha instalou-se no sofá em frente à dita cuja e recebe o vento fresco. Consoladinha da silva.
Enfim, estamos nisto. Dona Pitanga e eu. O calor e dona Pitanga.
Neste momento a ventoinha gira no máximo, que não há cá gente rica e como tal não há ar condicionado, e a minha gatinha instalou-se no sofá em frente à dita cuja e recebe o vento fresco. Consoladinha da silva.
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