sexta-feira, 18 de outubro de 2013

por falar em medicamentos

Há uns 3 dias achei ter sido mordida por mosquitos. Num braço. Depois noutro. E fiquei por isso mesmo. Começaram as comichões dolorosas, sobretudo no braço e mão esquerdas. Muito piores que aqueles dias comichosos que tive por via dos mosquitos algarvios.
Odeio consultas médicas. Tenho medo deles que me pélo. Acho sempre que pessoa que caia num consultório nunca mais de lá se tira. Uma queixa puxa outra. Uma dor também. E de repente dói uma unha do pé e quando damos por ela já nos doi a virilha. Isto é o que eu acho e por isso e porque a saúde, dizem, é uma utopia, não fui eu que disse, foi mesmo um médico que se preparava para operar a minha cria caçula quando tinha nove anos, que me disse olho no olho. Passados que foram dezoito anos, posso dizer que, felizmente, a saúde venceu o pessimismo (?) desse médico, mas não deixei de ser hipocondríaca. 
Por isso quero estar longe de medicamentos. Em minha casa apenas existe o inderal que tomo diariamente por causa da maldita taquicardia. Se dói a cabeça nunca tenho um comprimido. Se tenho uma dor de barriga bem tenho de me aguentar com ela. Se tenho uma dor na costas vou a correr comprar reumom gel. Enfim, passo a vida negando sintomas, ou dando-lhes cobertura. Entre o esquecimento e o medo da doença. Sempre quieta no que respeita a visitar médicos e comprar medicamentos.
Agora percebem porque é que há três dias tenho uma borbulhagem que dá uma coceira desgraçada e ainda assim nem sequer toquei no assunto? 
Hoje, ao passar pela farmácia que tenho mesmo ao pé de casa, decidi entrar. Três dias já eram demais.
Fui explicando que tinha umas picadelas de mosquito, outras que pareciam de pulga e outras ainda que davam muita comichão.
A farmacêutica tirou logo o retrato aos meus braços. Detergentes novos ( pode ser ), pó, porque lhe tinha acontecido o mesmo, disse ela. 
Vim para casa com menos 18 euros e com a esperança de que a noite não fosse tão má assim. No que respeita a comichões. 
A pomada já a pus. O comprimido debaixo da língua ( confesso que achei estranho ) também. E agora estou atordoada e com um sono que nem me deixa ver as fotos que tirei hoje, a Lisboa.
Há vidas melhores, mas eu , já só quero a minha. Sem comichões.

Sem comentários: