Desceste as escadas. Em voo antecipado.
Nas asas que te dei. Que conquistaste.
Que usas. Em jeito repetido.
Em vão, tento que esse gesto não me seja sofrido.
Oiço vozes de mim dizendo que não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar...
Sento-me no sofá da sala.
Rola vagabunda uma lágrima rebelde e desobediente.
Uma voz do meu eu mais lúcido diz que respire fundo.
Porque não há forma de não doer.
Não há forma de me habituar.
Ficou um silêncio que me magoa.
Ficou também a certeza de que és uma casa cheia.
Fiquei só, de novo.
Até um dia destes...
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