O mar chega a mim no canto das gaivotas que moram na foz do Tejo.
Sinto-lhe o perfume. O som.
O seu renovar.
Espreguiçando-se no acordar.
Todas as manhãs há uma gaivota que me vem visitar.
Esvoaça junto à varanda onde me debruço a ver a rua por onde correm rios de águas mansas em dias de tempestade.
Vem do mar a notícia, o sonho, o frio, a chuva e o marulhar.
Traz-me sul, a gaivota que aqui vem poisar.
Agarro a esterança d'um futuro tão certo quanto incerto e empato a fé que me há-de salvar.
Haverá um dia que dançarei sob o olhar doce da gaivota que me vem visitar, sembas presentes no meu presente há tanto sonhado. Há tanto para dançar...
Hoje, o meu despertar tem mais que o sabor do mar, o olhar da gaivota e o voo sem asas deste meu penar.
Hoje, acorda-me o dia, canta-me a vida, ensaia uma dança e espevita-me a vontade de futuro abraçar.
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