- Tinha um minino p'ra lá, vendendo rosa, aí eu falei p'ra ele que amava rosas.
Ele não falou nada.
Aí ele pégou uma rosa do minino e mi oféréceu.
Viu só qui bacana?
Afinal não sou só eu que gosto de rosas.
A moça brasileira da esplanada à beira-rio, também gosta. E fala divertida e derretida, batendo as pestanas e fazendo covinhas nas maçãs do rosto, ao telemóvel, entregando assim o autor do gesto.
Mas que o gesto valeu, valeu mesmo.
Conclusão a que chego sempre: Não basta gostar, tem de parecer que gosta, também.
A vida nem sempre é fresca e bela como a rosa. Os espinhos magoam. Vamos retirá-los?
Ah, a propósito, gosto de rosas.
E sou como a mulher de César, não basta sê-lo, tem de parecê-lo.
Amei este telefonema.
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