foto tukayana.blogspot
Não queria acreditar. Ali, numa esquina que dobrei. Uma mulher vendendo-os. Os pirolitos do meu imaginário.
Perguntei o preço. Baratinhos. Cinco dos grandes, 1 euro. Bem sei que é açúcar. Em caramelo.
Em ponto de rebuçado fiquei eu. E com a lágrima no canto do olho.
Há quase 40 anos que não via pirolitos. Ocorre-me que sendo artesanal também se vendem nas ruas de Guimarães, tal como em Luanda. Na Luanda de outros tempos. Que hoje já não conseguimos encontrar estes torrões de açúcar caramelizado.
Os homens, rapazes ainda, corriam a cidade vendendo-os numas estruturas de madeira, com bases redondas e furinhos onde eles se enfiavam. Às cores. Vermelhos, verdes, azuis, amarelos. Enrolados em papel celofane. Todo o ano quer fizesse calor quer cacimbasse.
Em Guimarães, apenas na Quaresma se vendem. São tradição.
E segundo a senhora da fotografia, quando se finar deixa de haver tradição pois é ela a única que ainda os faz.
- As minhas filhas não querem saber. Só se for a minha nora.
- Posso tirar fotografias?
- Claro menina ( que bom que é ser chamada de menina ). Então não havia de poder? Vai fazer propaganda o que é bom p'ra mim.
Os pirolitos da foto do meio não foram feitos por esta mulher que se intitula dona absoluta da ideia e do trabalho. Também a outra diz ter exclusividade. Comprei dos dois. No fundo no fundo, tudo são pirolitos. E a verdade é que a minha descoberta me deu uma enorme alegria. Não se vêm pirolitos todos os dias. Eu já não os via há quase quarenta anos!
Perguntei o preço. Baratinhos. Cinco dos grandes, 1 euro. Bem sei que é açúcar. Em caramelo.
Em ponto de rebuçado fiquei eu. E com a lágrima no canto do olho.
Há quase 40 anos que não via pirolitos. Ocorre-me que sendo artesanal também se vendem nas ruas de Guimarães, tal como em Luanda. Na Luanda de outros tempos. Que hoje já não conseguimos encontrar estes torrões de açúcar caramelizado.
Os homens, rapazes ainda, corriam a cidade vendendo-os numas estruturas de madeira, com bases redondas e furinhos onde eles se enfiavam. Às cores. Vermelhos, verdes, azuis, amarelos. Enrolados em papel celofane. Todo o ano quer fizesse calor quer cacimbasse.
Em Guimarães, apenas na Quaresma se vendem. São tradição.
E segundo a senhora da fotografia, quando se finar deixa de haver tradição pois é ela a única que ainda os faz.
- As minhas filhas não querem saber. Só se for a minha nora.
- Posso tirar fotografias?
- Claro menina ( que bom que é ser chamada de menina ). Então não havia de poder? Vai fazer propaganda o que é bom p'ra mim.
Os pirolitos da foto do meio não foram feitos por esta mulher que se intitula dona absoluta da ideia e do trabalho. Também a outra diz ter exclusividade. Comprei dos dois. No fundo no fundo, tudo são pirolitos. E a verdade é que a minha descoberta me deu uma enorme alegria. Não se vêm pirolitos todos os dias. Eu já não os via há quase quarenta anos!
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