segunda-feira, 28 de novembro de 2011

fim de semana de truz...

Depois de uma noite ouvindo estalar a madeira por todos os cantos da casa onde fiquei este fim de semana e que não é a minha mas é de alguém meu, de estar sem televisão por motivos que nem a dona da casa percebeu, que nem vi o benfica ganhar ( iupiiiiiiiiiiiiiiii ) ao sporting que até deitaram fogo pelas ventas e não só,( ah pois é! ) de não poder desligar o computador por correr o risco de não voltar a ligar-me na net, de toda a noite ouvir ambulâncias e sirenes da polícia, barulho na rua dos bares da 24 de julho e da própria rua da casa onde fiquei, ( deviam ser gloriosos festejando vitórias ) de ter jantado assim para o pobrezinho ( uma tosta de atum e queijo, coca-cola zero e uvas, bem bom ) aviada que fui na loja dos indianos que está aberta até à meia-noite e a menina que lá está diz que não tem medo, nunca foi assaltada, o que hoje em dia é um milagre, até já em torres novas o é, depois de estar horas a falar com uma amiga ( até às 4 e muitos da manhã, que até lhe contei uma estória da carochinha que ela ainda não sabia e amou ) depois de ter comido um saco daqueles bem grandes de m&ms, ( carências concerteza ) de ter dado os parabéns ao meu príncipe, ( tristinha ), fui finalmente para a cama a tempo de perceber que estava regeladinha mas nada cansada de ver a vista magnífica que da janela e da varanda se avista, com o rio, o porto, a ponte, que perde as luzes lá para as 2 da manhã ficando apenas luzes vermelhas de presença ( ? ) e com o Cristo Rei em frente. Se eu fosse a Cátia da casa dos Segredos abriria os braços e diria a propósito do Cristo Rei, aquela coisa, assim ( e pareceria o próprio cristo de braços abertos ) que existe no Brasil...bem depois de tudo isto e de ter acordado imprópria para consumo saí de casa lá para as 2 horas da tarde sem comer nadinha pois que não me apetecia, para ir almoçar a Belém. Tenho pânico daquelas escadas de madeira e desço-as sempre perdida de medo de me estatelar e vir a rebolar 4 andares. E fui pé ante pé, um pedindo licença ao outro. Perfeito! Ao fechar a porta à chave, não sei que voltas dei que me desiquilibrei e fiquei sentada no último degrau da soleira da porta que é de pedra. Tão surpreendida me senti que disse alto - francamente! Em frente de mim um velho cigano, daqueles homens velhos, elegantes, todos vestidos de preto, chapéu e tudo, que de mãos nos bolsos me olhava num misto de provocação e gozo. Não consegui fazer-lhe um gesto com os dedos, braço ( amparei o tralho com o braço esquerdo e tenho-o rijo e negro ) ou articular qualquer impropério, mas só me ocorreu voltar a falar sozinha.
Francamente! Anda uma criatura com tanto cuidado e num segundo estatela-se escandalosamente na pedra da calçada duma calçada ali para os lados do rio.
Como já estou habituada a tralhos com muito mais aparato, levantei-me e sacudindo-me fui calçada abaixo, apanhar o 28, o que aconteceu passados 5 minutos.
O dia estava lindo, 18 graus de sol e calor, o rio também e Belém estava como eu gosto, cheio de vida, e os incidentes ficaram para trás. Até porque para trás mija a burra.
E depois, o meu príncipe ausente fazia anos e eu tinha a obrigação de estar feliz. E estive. Celebrando a vida.

3 comentários:

nuno medon disse...

olá Maria Clara. Pelos vistos, teve um fim de semana muito atribulado, primeiro com as comunicações down e depois com a queda. E como se sente do braço e do resto ? . A minha Mãe, na passada quarta feira, fomos a uma agência da CGD ( não do centro da cidade ) e eu disse " anda pela rampa, porque o carro está daquele lado ". eu bem avisei, mas não adiantou. Olhei para trás e vi que tinha dado uma pequena queda. felizmente, desta vez não se magoou. já foi ao médico ou farmácia, ver isso do braço? espero que esses pezitos tenham escapado á queda. beijos e um abraço. as melhoras.

Maria Clara disse...

Ó Nuno não se preocupe. Está tudo controlado. E depois, eu exagero sempre. Isto são mais as vozes que as nozes. Não siga a letra, porque com o acordo ortográfico até escrevo o que não devo.;

nuno medon disse...

Claro que me preocupo com as pessoas. Fui educado assim. Por isso pergunto. Beijos e um abraço