quarta-feira, 16 de novembro de 2011

parabéns mano Zé


Sempre que chega este dia, 16 de Novembro, lembro-me de nós na casa do sr. Praça, para onde fui com 5 anos e tu pouco mais que um bebé. Foi naquela casa, junto à loja Bastos, muro com muro com as manas Rocha e Gildinho e do outro lado da rua com o colégio, que se festejaram todos os aniversários da nossa família ( até o nascimento da caçula ), durante dez anos que ali vivemos.
Lembro especialmente um dos aniversários. Uma mesa muito comprida. À hora do jantar. A mãe e o pai muito atarefados. Muitos convidados. Os tios todos. O sr. Rocha maneta, aquele que não sabia que os supositórios não se tomavam num copo d'água, ai que gozo que deu ao sô Santos descobrir esta ignorância dum homem que todos os dias punha os óculos para ler as noticias do Diário e do província de Angola e discutia à mesa o noticiário da rádio Ecclésia ou do Rádio Clube.
À mesa estavam também os teus padrinhos. E os filhos. Gostava tanto deles, que chamava também de padrinho e madrinha. E também gostava dos filhos. Sobretudo do Carlos. O Jorge sarnava-me os miolos e eu embirrava com ele.
Lembro-me que havia muito churrasco. E bacalhau. E salada de fruta. E bolo mármore que a minha madrinha do crisma, nossa vizinha, fazia tão bem. Também lá estavam os nosso vizinhos.
Era o teu jantar de aniversário.
Acho que não te dei os parabéns. Também era uma miúda e o que eu queria era muita gente, guloseimas e cantorias no fim de tudo.
Continuo a gostar de muita gente, guloseimas e cantoria. Mas cresci. E hoje, meu irmão, que comemoras mais um ano de existência, quero dar-te os parabéns e desejar-te tudo de bom.
Feliz aniversário, mano Zé.
Que tenhas um dia fantástico.
Obrigada por seres meu irmão com tudo o que isso implica
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