foto tukayana.blogspotVou muito a Belém. Gosto. Tipo, passeio dos tristes.
E gosto de pastéis de nata. Dos de Belém. Da casa dos pastéis.
Claro que há pastéis de nata para além de Belém. Os da Quarteira, por exemplo. Da pastelaria Beira-mar, junto à praia. Quentinhos, cheios de canela. Avé Maria! Acho que ia de propósito ao Algarve só para comer pastéis de nata. Já fiz viagens maiores por muito menos.
Mas, ontem, desloquei-me ali ao virar da esquina que o sul não me foi acessível. E depois do almoço fui para a fila dos pastéis de nata. Coisa rápida que até estranhei. Enquanto esperava, mázinha que eu sei lá, rejubilei maldosamente com uma estória que aconteceu ali, numa das muitas mesas das várias salas daquele lugar. Bonitas salas, diga-se de passagem.
Então é assim: Todos nós sabemos o que são tias, daquelas que há já muitas cópias mas que se iniciaram em Cascais, em novo, fotocópias de tiazorras que lá chegarão, é só dar-lhes gás. Taaaaaaá a veeeer?
Então a minha estória tem a ver com uma criaturinha assim, loira e tudo, olhos verdes, roupa toda betinha, mala a condizer, com a marca em grande não vá sermos miopes, casaco de pele castanho, bota a condizer e lenço camel ao pescoço. Ah, não tenho nada contra, verdade seja dita. Até gostava da criaturinha, à época. Depois curei-me mas isso são outros quinhentos. Noutro departamento.
A nossa tia entra na casa dos pastéis de Belém, com o seu maridão a condizer ( este muito mais a fingir que ela ). É que apesar de viverem na província, Lisboa fica a um passo e o casal gosta, acho que ainda deve gostar de arejamento na capital e sobretudo visitar as lojas, lá está, de marca, para o estilo, na sua santa terrinha, onde quem tem um olho é rei ( da cocada, mas pronto ). Escolhem uma mesa, sentam-se e são atendidos. Ele, o maridão diz querer pastéis de nata. Ela, a tia cheia de proa, diz: Não, eu não quero pastéis de nata, quero pastéis de Belém.
E como até para se ser tio tem de se ter estaleca, foi a vergonha total.
Juro que foi verdade. Não estava lá para assistir, mas o maridão da emproada tia contou à frente dela e ela não desmentiu.
Não há vez nenhuma que esteja a comer pastéis de belém que não me lembre desta santa ignorância que nem a faculdade atenua. O convívio. Os livros. Sei lá, cultura geral, não? Estou a falar de gente nova. Hoje andarão nos trinta e alguns.
Que barrigada de riso eu apanho em cima da barrigada de pastéis de nata de Belém!
E gosto de pastéis de nata. Dos de Belém. Da casa dos pastéis.
Claro que há pastéis de nata para além de Belém. Os da Quarteira, por exemplo. Da pastelaria Beira-mar, junto à praia. Quentinhos, cheios de canela. Avé Maria! Acho que ia de propósito ao Algarve só para comer pastéis de nata. Já fiz viagens maiores por muito menos.
Mas, ontem, desloquei-me ali ao virar da esquina que o sul não me foi acessível. E depois do almoço fui para a fila dos pastéis de nata. Coisa rápida que até estranhei. Enquanto esperava, mázinha que eu sei lá, rejubilei maldosamente com uma estória que aconteceu ali, numa das muitas mesas das várias salas daquele lugar. Bonitas salas, diga-se de passagem.
Então é assim: Todos nós sabemos o que são tias, daquelas que há já muitas cópias mas que se iniciaram em Cascais, em novo, fotocópias de tiazorras que lá chegarão, é só dar-lhes gás. Taaaaaaá a veeeer?
Então a minha estória tem a ver com uma criaturinha assim, loira e tudo, olhos verdes, roupa toda betinha, mala a condizer, com a marca em grande não vá sermos miopes, casaco de pele castanho, bota a condizer e lenço camel ao pescoço. Ah, não tenho nada contra, verdade seja dita. Até gostava da criaturinha, à época. Depois curei-me mas isso são outros quinhentos. Noutro departamento.
A nossa tia entra na casa dos pastéis de Belém, com o seu maridão a condizer ( este muito mais a fingir que ela ). É que apesar de viverem na província, Lisboa fica a um passo e o casal gosta, acho que ainda deve gostar de arejamento na capital e sobretudo visitar as lojas, lá está, de marca, para o estilo, na sua santa terrinha, onde quem tem um olho é rei ( da cocada, mas pronto ). Escolhem uma mesa, sentam-se e são atendidos. Ele, o maridão diz querer pastéis de nata. Ela, a tia cheia de proa, diz: Não, eu não quero pastéis de nata, quero pastéis de Belém.
E como até para se ser tio tem de se ter estaleca, foi a vergonha total.
Juro que foi verdade. Não estava lá para assistir, mas o maridão da emproada tia contou à frente dela e ela não desmentiu.
Não há vez nenhuma que esteja a comer pastéis de belém que não me lembre desta santa ignorância que nem a faculdade atenua. O convívio. Os livros. Sei lá, cultura geral, não? Estou a falar de gente nova. Hoje andarão nos trinta e alguns.
Que barrigada de riso eu apanho em cima da barrigada de pastéis de nata de Belém!
1 comentário:
olá. quanto á barrigada de riso, não é para menos. essa foto deu-me água na boca. adoro esses pasteis. kiss
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