Em dia de greve, o blog, a televisão, as idas à cozinha e o facebook têm sido uma farturinha. Há muito tempo que não estava assim neste chove não molhe, sem fare niente que se aproveite. E é que não me apetece fazer nadinha de útil. E ninguém me obriga a mexer uma palha que seja.
Direitos, senhores! Ainda vou tendo alguns. Nesta vida em modo de lesma, o dia vai passando, devagar, devagarinho e confortável, quentinho, que bem percebo o sol aquecendo o lar doce lar onde eu e a Pitanga somos sobas. De nós mesmas. Uma da outra.
Se hoje não me apetecer, não saio. É nestas alturas de reflexão, não fosse dia de direito à greve, que eu penso que se me reformar faço como os outros. Passo os dias de pijama a ver o Gouxa, a Júlia, a Maya, a Casa dos Segredos e por aí adiante. E a engordar. E a estupidificar...
Por enquanto não estou reformada nem estúpida. Só gorda. E contente que eu sei lá.
É que a minha kamba chamou-me no facebook e...pois, é que falarmos acontece com muita frequência. Trocarmos mensagens por telemóvel e na net, também. Vermo-nos em Lisboa, idem. Mas no skype do facebook, não.
Ah pois é. Aprendi mais uma. É que eu e os meus amigos e familiares do facebook podemos olhar olhos nos olhos uns dos outros. E mais, podemos estar horas a conversar, enquanto coçamos a cabeça, espreguiçamo-nos, levantamo-nos, trocamos a perna, bocejamos, olhamos para o lado, na intimidade que os amigos têm. Até mexer no nariz para quem gosta de escarafunchar o dito.
E mais, dizer adeus, com a nossa mão. Os dedinhos a mexerem. E a outra a ver. As outras, melhor dizendo. É que ao fim de quase um ano, vi a Madô em Luanda, sem sair da minha cama. A rir-se. A dizer-me adeus e a perguntar quando volto. " Dona Clara vai vir quando de novo? " e eu respondendo sem pensar: Agora só para o ano, Madô...
Agora só para o ano. Ah, como eu preciso de acreditar nisto! Ah como eu preciso que o universo tenha recebido as minhas palavras! Ah como eu gostei de dar asas ao meu sonho e voar até Luanda para responder à Madô, que cozinha bem mas bem, que bate funge que dá gosto, que ri parece uma candengue, que fica contente de me ver e que tem palavra numa honra de comover-me, quando com a filha doente veio a casa só porque me prometera que eu traria para portugal os paus de bater o funge ( um p'ra mim outro para o mano Zé ) que lhe tinha encomendado e que ficaram de lhe fazer, lá no subúrbio onde mora.
Ah como gostei de ir a Luanda logo pela manhã! Conversar com a minha kamba na sua sala, no meu quarto, na nossa amizade de meninas desde os nove anos. Graças ao skype do facebook.
Apetece-me dizer ao dito: eu te amo. E à vida também.
Hoje ganhei o dia. Viva à greve! E ao facebook!
Direitos, senhores! Ainda vou tendo alguns. Nesta vida em modo de lesma, o dia vai passando, devagar, devagarinho e confortável, quentinho, que bem percebo o sol aquecendo o lar doce lar onde eu e a Pitanga somos sobas. De nós mesmas. Uma da outra.
Se hoje não me apetecer, não saio. É nestas alturas de reflexão, não fosse dia de direito à greve, que eu penso que se me reformar faço como os outros. Passo os dias de pijama a ver o Gouxa, a Júlia, a Maya, a Casa dos Segredos e por aí adiante. E a engordar. E a estupidificar...
Por enquanto não estou reformada nem estúpida. Só gorda. E contente que eu sei lá.
É que a minha kamba chamou-me no facebook e...pois, é que falarmos acontece com muita frequência. Trocarmos mensagens por telemóvel e na net, também. Vermo-nos em Lisboa, idem. Mas no skype do facebook, não.
Ah pois é. Aprendi mais uma. É que eu e os meus amigos e familiares do facebook podemos olhar olhos nos olhos uns dos outros. E mais, podemos estar horas a conversar, enquanto coçamos a cabeça, espreguiçamo-nos, levantamo-nos, trocamos a perna, bocejamos, olhamos para o lado, na intimidade que os amigos têm. Até mexer no nariz para quem gosta de escarafunchar o dito.
E mais, dizer adeus, com a nossa mão. Os dedinhos a mexerem. E a outra a ver. As outras, melhor dizendo. É que ao fim de quase um ano, vi a Madô em Luanda, sem sair da minha cama. A rir-se. A dizer-me adeus e a perguntar quando volto. " Dona Clara vai vir quando de novo? " e eu respondendo sem pensar: Agora só para o ano, Madô...
Agora só para o ano. Ah, como eu preciso de acreditar nisto! Ah como eu preciso que o universo tenha recebido as minhas palavras! Ah como eu gostei de dar asas ao meu sonho e voar até Luanda para responder à Madô, que cozinha bem mas bem, que bate funge que dá gosto, que ri parece uma candengue, que fica contente de me ver e que tem palavra numa honra de comover-me, quando com a filha doente veio a casa só porque me prometera que eu traria para portugal os paus de bater o funge ( um p'ra mim outro para o mano Zé ) que lhe tinha encomendado e que ficaram de lhe fazer, lá no subúrbio onde mora.
Ah como gostei de ir a Luanda logo pela manhã! Conversar com a minha kamba na sua sala, no meu quarto, na nossa amizade de meninas desde os nove anos. Graças ao skype do facebook.
Apetece-me dizer ao dito: eu te amo. E à vida também.
Hoje ganhei o dia. Viva à greve! E ao facebook!
2 comentários:
É claro que o universo te ouviu e para o ano vais à nossa terra.
Claro que sim.
olá! fez muito bem em descansar. quanto á foto, está muito linda ! não ligue a bocas parvas. um abraço. beijos e um bom descanso. bem disposta? eu estou bem
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