segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

ando por aqui e por aí...


Ando por aqui e por acolá lendo o que uns e outros escrevem, comentam ou postam. Leio os jornais de Angola. Alguns de Portugal. Vejo blogues. Os e-mails. Insisto em querer mandar fotografias à caçula, tiradas no fim de semana que passámos juntas a oeste do país, ali bem juntinho do mar mais lindo desta ervilha, mas não consigo mandar mais do que uma de cada vez o que me dá nos nervos porque esperar não é o meu forte. Sou muito naba nesta coisa dos computadores e tudo o que sei é porque a cusquice me faz  procurar a forma de me despachar nisto para não perder pitada do que me interessa, mas  às vezes dou com os burros na água como foi quando resolvi aceitar o google chrome e fiquei impedida de escrever neste blogue, à hora do almoço,  no trabalho. Morri do meu próprio veneno, que é para aprender a não ser atrevida e abusada.  E ainda quando quis ser como  outros e ter um mural com a tal nova cronologia. Tudo bonitinho e tal e coiso mas cada publicação que faço tem mais olhos que barriga e não há forma de encontrar jeito para as reduzir a fim de caberem no espaço e não ser uma coisa esteticamente aberrante. Se por acaso há aí alguém que se tenha perdido por aqui e leia isto e mais importante que isso, saiba como se faz, explique-me por favor como se eu fosse muito loira.Ando por aqui e por acoli e nem a idade nem a vida me calejou e me tornou indiferente, quanto a umas coisas que acontecem e que me tiram do sério ou me envergonham. Sim porque eu ainda sinto vergonha. Aliás, acho que cada vez mais. Da falta de inteligência. Da falta de senso e de sensibilidade que para aí há.Quem escreve fica sujeito. Põe-se a jeito. Mas...de quê? Pergunto-me, não percebendo porquê que tem de se condicionar a escrita, seja eu a escrever ou outro qualquer, quer dizer, qualquer não, quem sabe o que está a escrever, condicionar a sua inspiração porque há criaturas, quer dizer, só me apetece chamar-lhes idiotas, mas não, é um pouco forte demais, que levam tudo à letra? E pior, acham que pode ser tudo real, pode ser um estado de espírito que se vai prolongar no tempo, podem ser o confidente do autor...Sinto uma certa inquietação, um crescendo de mau feitio e só me apetece mandá-los plantar batatas, pentear macacos, dar uma volta ao bilhar grande ou mesmo verem se eu estou na esquina. De facto quando não coro de vergonha por essas pessoas que nos dizem coisas como, estás em dia não, ou estás muito bem disposta, ou ainda, que foi que aconteceu para falares em fim? e coisas bem piores, como se fossem a nossa pele, o nosso coração ou o nosso computador, cresce em mim não a indiferença,  que é um estado muito confortável, porque encolher os ombros relaxa para lá duma dúzia de músculos, mas eu não sou um ser superior e isso incomoda-me, cresce em mim um nervoso bem miudinho tão miudinho que me seguro, conto até 10 para não me saltarem palavras que essas sim todos perceberiam o seu sentido.Ando por aqui a ler uns e outros e percebo que há gente que quando escreve arrisca dar pérolas a porcos. Pronto. Disse. Está dito. Por mim acho que talvez um dia se acaso tiver pérolas para oferecer,  já esteja nesse estádio superior e encolha os ombros à leviandade de quem lê e comenta como quem bebe um copo d'água. Queira Deus que sim. Que possa ter pérolas para oferecer. E sim, que espiritualmente seja um ser superior. Por enquanto...um simples mortal que tem a mania de se exasperar com o que acontece aos outros mais até do que com o que lhe acontece.

2 comentários:

maria disse...

Alô amiga Clarinha
Estás a deitar lume pelas...
É que nem me atrevo a comentar, porque ainda me destratas.
Estou a brincar. Andei por fora mas já regressei e li tudo com muita atenção.
Gostei do que tens postado.
Beijinhos.

Maria Clara disse...

Oi Maria
Tudo bem?
Kandandu