terça-feira, 3 de junho de 2014

bem-querer


Eu não quero ser forte e esconder a tristeza
Não quero ser livre e não ter mil saídas
Não quero estar presa numa fortaleza 
Não quero um abraço no meio da ausência 
Nem mascarar um sorriso que engane a presença
Eu quero chorar quando a dor me sufoca 
Gritar solidão enfurecida
E recuperar minha alma perdida
Caminhar segura, uma estrada qualquer
E abraçar o mundo para o que der e vier... 
E sorrir, gargalhar, das minhas derrotas 
Até ao passado, até à memória 
Até à infância
Eu quero rir-me da minha história
E mais que tudo, sentir-me criança
Não quero segurar, fintar a rotina
E o mundo, no meu pior
Não quero ser forte nem ter razão
O que eu quero afinal, é ser feliz 
Velha ou petiz
Mas morrer de amor
A cada pulsar do coração. 


m.c.s.

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