sábado, 6 de agosto de 2011

os girassóis

Afinal, os girassóis também murcham!

Aos sábados o autocarro passa pelo campo de girassóis, do Carregado, a caminho de Lisboa.
Gosto de viajar na direita do barco, do avião, do automóvel, do autocarro.
Não consegui ainda recolher a imagem de luz desses girassóis lindos que aparecem de repente na paisagem da lezíria. A máquina ou não tem cartão ou não tem pilhas. Se vou a acompanhar o rio que desce a caminho da foz, do lado esquerdo, os girassóis ficam entre os passageiros e opto por deixar para um dia...
Um dia destes os girassóis não me escapam, no seu olhar risonho e viçoso para o sol que brilha no alto de um verão inseguro. E pensando assim faço muitas viagens do lado oposto, acompanhando o rio veloz, como o meu pensamento, qual jangada florida e prenhe de girassóis, descendo alegremente até ao mar.
Hoje, porém, ocupei o lugar certo para os girassóis. Mas as nuvens taparam o sol, da cor dos girassóis, do campo do Carregado. E o campo de girassóis voltou-se de costas para o sol e para mim. Afinal há uma grande tristeza quando o sol não está. E não é só minha.
Eu sabia que tinha algo em comum com aquele campo de girassóis.
Afinal os girassóis tambem murcham!
E ainda não foi desta, que os girassóis fizeram pose para a minha fotografia
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