domingo, 16 de junho de 2013

fatalidade

Acorda a manhã 
Amando o tempo e a cidade
Acorda a vontade de amar, 
A minha pele morena
Carinho da brisa 
E aroma de açucena
Desperta um desejo 
Quase uma fatalidade...
É o gato que mia no telhado
À sombra da alma inquieta
E o sino da igreja que toca
Entrando, estranho recado
Pela minha janela aberta
Repete, repete que sou louca
Nesta manhã tão desperta...
Embalo o sonho que sonhei
Noite fora, madrugada
Embalo o amor que foi rei
E que hoje não é nada
Acorda a manhã sorridente
Indiferente...
Acordo eu adormecida
No sonho de abraçar
A minha fé perdida
No amor, que vive ausente
Acorda a manhã p'ra se dar
E a insónia dorme por mim
Louca, sim, têm razão
Que para voltar a amar
Acordo o meu coração.

m.c.s.

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