sábado, 8 de outubro de 2011

na vez de...

Eles não inventam nada. Repetem o que aprenderam. O que ouvem em casa.
E não filtram. E até gostam de escandalizar adultos.
Deve haver um tipo de adulto, dentro do preconceito que também têm, que os faz desbocarem-se. Por isso o palavreado que vai sempre no autocarro das 8,20 conduzido pelo sr. margarido.
Já por duas vezes, nas últimas semanas, fui de companhia no autocarro. Aquela companhia que dá para toda a gente perceber que é mesmo minha gente.
A primeira vez disseram tantos disparates que sendo a minha companhia tão jovem, tal como eu, achou um perfeito disparate tanto disparate. A segunda vez já quase não se deu por eles. Devem ter percebido que ali ninguém fará uma escandaleira tão grande quanto a deles.
Sexta-feira dei-me conta que a palavra do dia, tal como nos pratos do dia dos restaurantes, ( mais baratos ) foi, Fosca-se. A cada frase, a cada fala, a cada minuto. Fosca-se!!!
Eh pá, não. Isso é que não. Substituir a própria da asneira por coisa nenhuma é que não. Fosca-se? Que é isso, meus? Palavra dissimulada essa e tão ou mais ordinária que aquela que toda a gente sabe que está proibida nos bem educados. Quem foi que disse que fosca-se não é horrível? É tão feio ou mais, tão ordinário ou mais que a velha e proibida asneira. Eu não lhes vou dizer nada, claro, mas se dissesse diria que voltem à forma primitiva. Pode não ser educado mas pelo menos não é cínico. E ainda são muito novinhos para já o serem. Têm tempo quando crescerem e passarem a dourar as pílulas desta vida do catano...

1 comentário:

nuno medon disse...

O Autocarro do Senhor Margarido, daria uma boa longa-metragem, com tantas estórias que tem para contar de semana a semana. um abraço. beijo