quinta-feira, 20 de outubro de 2011

gagos? Hoje não, por favor

Gosto de ditados. Acho graça às frases feitas. Mas há ditados e ditados.
Nem o pai morre nem a gente almoça é um dos que é de muito mau gosto. Quanto a mim. Não sou filha de chocadeira e não tenho poder de encaixe para tão sinistro dizer do povo. Mas não há dúvida que não se pode dizer que desta água não beberei.
Quando uma pessoa está com os nervos em franja e apanha com um gago como é que fica? Com brotoeja, capaz de trepar pelas paredes, mandar o gago às urtigas, pentear macacos, dar uma volta ao bilhar grande, ou, no limite, resvalar para o lugar comum e ainda que não tolere pensar que se a criatura não se despacha dá-nos uma coisinha má, que nos tira completamente do sério, daquelas que até a barraca abana, inevitavelmente surge a típica e horrível frase que ouvir um gago quando em dia de ir às lágrimas é qualquer coisa como: nem o pai morre nem a gente almoça. Logo eu que ando cheia de fastio.
Hoje levei com um gago e juro-vos, eu que não tenho nada contra ninguém até prova em contrário e cada um é p'ró que nasce, apeteceu-me comê-lo vivo, numa fatia de pão. ( os gagos que me perdoem mas hoje tenho dentes até às orelhas).
Gagos? Hoje não, por favor.

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