Julguei que vinhas, cavalo alado, por entre o nevoeiro cerrado da minha esperança de te esperar. De te ver ao longe, chegar...
Julguei que vinhas e trazias nos lábios, sabor a maboque que prometeste, p'ra me beijares. P' ra me encantares...
Nas mãos a maciez que te conheço.
E no olhar, silêncios. Feitos de terras prenhes, campos d' alvoradas, florestas densas, achas, fogueiras, fogos e vulcões, séculos de história fértil, navegadores.
Vozes por narrar. O mar...
Julguei que vinhas e acordei-me nas páginas dos livros por desfolhar.
No busto, traçado a carvão, por pendurar, nas noites de lua cheia espraiada nesse luar.
Despertaste-me entre kissanges e marimbas, rituais. Timidez, inquietações. Surpresa e sedução.
Julguei que vinhas e mantive-te vivo no meu coração.
m.c.s.
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