O mundo lá fora existe. E mexe. Remexe e acena.
Provoca...
Ou nos toca ou nos deixa indiferente.
É um processo. Uma escolha.
Amanhece. Depois, o dia cresce. E fecha-se no horizonte.
Faz a ponte para a noite que nos escurece. Para o dia de amanhã.
Os sonhos? Sonhados. Ou adiados.
Os votos? Cruz ao calhas. Ou em branco. Renovados. E a crença, nem sempre vence.
Mas sábado é diferente. E a gente espera. A gente joga. Com batota.
À sexta-feira engravida-se de alegria e encanto. Bebe-se dança-se e excede-se. Dá-se largas ao corpo e ao sexo. E chora-se pelas ruas da amargura d' outros prantos. Peregrinos.
Renovam-se os votos e as esperanças. As promessas.
No descanso. No encontro de afectos. Num almoço marcado, num passeio explorado. Numa surpresa, um sorriso.
Uma piada. Duas gargalhadas. Num engate. P' ra depois.
À sexta-feira o mundo lá fora existe.
Cá dentro é rosa. Com perfume de romã.
Encho o peito. E olho p' ra lá do monte.
Trinco a maçã...
Inspiro com força e me deleito nas linhas da vida que espero imperfeitamente perfeita. P' ra hoje.
Não quero viver de véspera. Hoje não é amanhã.
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