Hoje é o dia de ficar em casa. E não fui eu que o escolhi. Escolheu quem pode. Quem instituiu o dia de hoje para que o metropolitano parasse.
Nada contra, tudo a favor, note-se. Nem sequer quero ir por aí. Aliás não posso ir por aí porque não tenho metro para decidir aonde quero ir.
Hoje é dia de criar alternativas a esta limitação.
A menos que arrisque ir para a paragem do autocarro a vê-los passar, porque em dias assim eles vão carregados e quando param para que entremos ( que grande sorte ) demoram eternidades até aos lugares de cada um. Sei disso porque já embarquei nessa aventura e enquanto me não esquecer, fico no lugar que estou. Do aborrecimento mas conformada.
A menos que perca o amor a uns euros valentes e chame um taxi. Que me leve a um destino amigo. E traga de volta.
A menos que vá a pé para Odivelas e me ponha às voltinhas.
Ou apanhe o " Voltinhas " e vá para o Centro comercial Strada.
Ou apanhe o autocarro e vá ao Ikea. Não. Muito obrigada. O sol merece mais de mim.
Ou que me ponha à boleia. Isso não me parece possível porque nem uso mini-saias nem tenho pernas de fazer parar o trânsito, que hoje é mais intenso.
Ou que.....enfim! Abstenho-me de falar nos amigos com carro. Não estão para aqui virados, claro. Cada um na sua vidinha, virados para os seus umbigos, para outros mais tentadores e para os seus automóveis. Era o que mais faltava, passearem uma amiga apeada! Uma alma livre, frustrada, uma fotógrafa fracassada ( pelo amor da santa, não me estranhem porque não estou a fazer-me ao piso )
Porque hoje é hoje, é dia de ficar em casa. Ponto.
Ou...reticências.
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