Estamos no mês de Maria. O dia 13 está próximo. O Olival Basto tem uma igreja, pertinho. Serve mesmo para referência para quem quer chegar até mim, porém apenas ali entrei uma única vez para deixar roupas.
Pela manhã, a Marta do supermercado disse-me:
- hoje há procissão, dona Clara. Não me trocou o nome nem nada, como é costume, mas não sei onde foi tirar essa de que eu vou nas procissões. Já lá vai tempo.
De qualquer forma registei.
Há uma hora, ouvi os cânticos e uma voz no megafone. O carro da polícia a fechar a rua ao trânsito, com o pirilampo a girar iluminou a noite e chegou até mim a sua luz .
E pronto. Tive de ir espreitar. A tempo de ver a procissão com a Nossa Senhora de Fátima a sair da igreja e a passar à minha porta.
Eu posso não ir em procissões mas que me comovo com os cânticos cantados em coro, com a imagem da Virgem Maria, com as velas nas mãos dos devotos, lá isso dou sei lá o quê e mais três tostões para deitar uma lagrimazita. Por conta da igreja, da emoção e de tudo o que aqui vai reprimido. Já a Pitanga ficou irada com o som desconhecido vindo da rua e desatou numa miadeira que parecia enlouquecida.
Depois duma hora mais coisa menos coisa a procissão regressou à igreja.
Ouviu-se alguém que suponho ser o pároco dar vivas a Nossa Senhora. E depois o adeus à Virgem como acontece em Fátima com lenços e tudo. E este cântico de despedida arrumou comigo. Arruma sempre e já se sabe, pareço uma torneira pingando.
Dizer adeus custa mesmo muito. Digo eu que estou sempre a despedir-me. E quando se está em Maio, mês de Maria, na ante-véspera do aniversário da aparição de nossa Senhora na Cova da Iria e se é devoto da Virgem Maria, a pessoa emociona-se. Aos lenços acenando, despedindo-se, às vozes que cantam ó Fátima adeus, Virgem Mãe adeus...
O povo saiu à rua, mas hoje foi para reafirmar a sua fé. Alimentá-la. Alimentar-se dela.
Eu assisti de poleiro, quer dizer, à janela.
.
Pela manhã, a Marta do supermercado disse-me:
- hoje há procissão, dona Clara. Não me trocou o nome nem nada, como é costume, mas não sei onde foi tirar essa de que eu vou nas procissões. Já lá vai tempo.
De qualquer forma registei.
Há uma hora, ouvi os cânticos e uma voz no megafone. O carro da polícia a fechar a rua ao trânsito, com o pirilampo a girar iluminou a noite e chegou até mim a sua luz .
E pronto. Tive de ir espreitar. A tempo de ver a procissão com a Nossa Senhora de Fátima a sair da igreja e a passar à minha porta.
Eu posso não ir em procissões mas que me comovo com os cânticos cantados em coro, com a imagem da Virgem Maria, com as velas nas mãos dos devotos, lá isso dou sei lá o quê e mais três tostões para deitar uma lagrimazita. Por conta da igreja, da emoção e de tudo o que aqui vai reprimido. Já a Pitanga ficou irada com o som desconhecido vindo da rua e desatou numa miadeira que parecia enlouquecida.
Depois duma hora mais coisa menos coisa a procissão regressou à igreja.
Ouviu-se alguém que suponho ser o pároco dar vivas a Nossa Senhora. E depois o adeus à Virgem como acontece em Fátima com lenços e tudo. E este cântico de despedida arrumou comigo. Arruma sempre e já se sabe, pareço uma torneira pingando.
Dizer adeus custa mesmo muito. Digo eu que estou sempre a despedir-me. E quando se está em Maio, mês de Maria, na ante-véspera do aniversário da aparição de nossa Senhora na Cova da Iria e se é devoto da Virgem Maria, a pessoa emociona-se. Aos lenços acenando, despedindo-se, às vozes que cantam ó Fátima adeus, Virgem Mãe adeus...
O povo saiu à rua, mas hoje foi para reafirmar a sua fé. Alimentá-la. Alimentar-se dela.
Eu assisti de poleiro, quer dizer, à janela.
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