quinta-feira, 20 de outubro de 2011

quem foi que disse...?

Ao telefone, a informação surgiu como se fosse culpada.
- Não há rampa. Mas entre com o automóvel que eu ou uma colega minha iremos ao seu encontro para que assine, não se preocupe.
- A minha mãe pode então tratar?
- Pode.
Hoje a mãe da utente chegou-se ao balcão. Fez-se luz de imediato. Ainda lembrava o telefonema de ontem ao fim da tarde. A colega tratou do assunto em causa, tomando conhecimento do que se passava. Foi à rua para a assinatura.
No fim, a mãe tentou uma gorjeta. Sem sucesso, claro está. Percebia-se que a senhora estava " grata ".
Há um sentimento de vergonha imenso quando situações destas acontecem. Sim, porque os funcionários públicos também são utentes. E também têm pessoas próximas com deficiência.
É uma imoralidade sem tamanho uma repartição pública não ter acesso a cadeira de rodas e marginalize assim os utentes com deficiência física.
Quem foi que disse que o terceiro mundo mora em África?

1 comentário:

nuno medon disse...

olá! a repartição daqui, tinha uma rampa que descia pelas escadas, mas lá está, também estava no edificio dos bombeiros. não sei como está a nova repartição, porque parece que mudaram para um novo edificio. Segundo li no facebook, Valongo está a pagar 485 mil euros por mês pelo aluguer no novo edificio.... acho que também funciona lá o tribunal. Então por vários 485 mil euros por mês , será que em Valongo não construíria um edificio sem terem de pagar 485 mil euros.. não sei a quem pertence o edíficio, mas acho que é muito pagaram isso por mês.... Alíás, em Portugal deveriam dar mais atenção aos deficientes físicos...existe falta de rampas, as caixas multibanco altas demais e muitas outras coisas. beijos