O poeta tem o poder de dizer o que ao outro custa, na desculpa de ser um deus superior, a ditar-lhe a própria dor.
O ciúme e a saudade.
A verdade e o amor....
O poeta pode tudo na permissão de sonhar-se, com as palavras da ilusão.
Numa eterna viagem de alma libertina. Onde reina a (des)coragem da inspiração.
Deixa-o rir e chorar. Deixa-o escrever e falar, versos de ousadia e solidão. Mas também de convulsiva alegria.
Sem pudor. Ou satisfação, ao mundo dar.
Ao poeta só falha o poder de fingir seu solitário sofrer, nos poemas paridos em pranto, das suas mãos. Da pele, dos olhos, do instinto. Do coração. Da sua emoção...
Dor tão forte, como certa é a morte, na dor que a Mulher sente, parindo um filho do ventre seu:
que rasgando as suas entranhas, lhe chama agradecida, bênção, vinda do céu...
m.c.s.
m.c.s.
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