sábado, 24 de setembro de 2016

não (te) sonhar

Em horas tardias me desatino e enlouqueço - entre-sonhos, 
Que sei eu?!
Te ergo, alma e corpo, construção,
parte da minha alucinação...
E em esboço leve e breve te desenho - esgar, sorriso, sedução
d' alma inquieta 
que no silêncio da noite profunda se aquieta...
E te contemplo assim, imóvel. 
E te sorrio. Também.
Alma apenas. Que vai e vem; convulsão
Voo circundante, raso, planante, 
que se aventura e se detêm nos caminhos livres da saudade. 
Viajantes d' horas soltas
Na noite calada
Na exaltação de mim
No destino da madrugada,,,
E só por esses sorrisos, paro o tempo
E te alicerço construção do que já és
Amor que habitas tão perto do mais íntimo de mim...
E não! Não me peças que acorde
E deixe de sonhar, desatinar, enlouquecer, 
por te construir, sorrir e escrever
Que mais que a insónia que me definhará
Adormecer,
Acordar e não sonhar
Não te ver
É pior que não te ter...

m.c.s.

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